O porta-voz do Vaticano, Joaquin Navarro-Valls, informou nesta segunda-feira que o papa João Paulo II não deixou qualquer documento que expressasse seus desejos finais, como se supunha.
Ele fez o anúncio após a primeira das duas reuniões de cardeais realizadas nesta segunda, no Vaticano, a fim de preparar o conclave – processo no qual os “príncipes da Igreja” com idade inferior a 80 anos (117 religiosos) decidirão o nome do sucessor de Karol Wojtyla. O ritual terá início dentro de aproximadamente duas semanas.
Na primeira reunião, os sacerdotes fizeram juramento de segredo a respeito das deliberações que levarão ao nome do novo papa. No segundo encontro, eles decidiram alguns detalhes do funeral do Pontífice, previsto para ocorrer às 10h locais de sexta-feira (5h de Brasília).
Especulava-se que o suposto testamento do Papa pudesse conter orientações sobre o local de seu enterro, que poderia ocorrer na Polônia, terra natal de João Paulo II. O documento também conteria o nome do cardeal nomeado em 2003 por João Paulo II, cujo nome permanece até hoje em segredo. Esse cardeal seria o 118º a ter direito de voto no conclave, caso sua idade não exceda os 80 anos de idade.