A morte do papa João Paulo II foi, para a família brasileira do polonês Karol Wojtyla, um “alívio”. Segundo Ezequiel Wojtyla, neto de um dos primos do pontífice, “não era justo o Papa ficar sofrendo”.
“Sentimos muito orgulho dele, e o fato de ter parado de sofrer também nos consola nessa hora difícil”, afirmou Ezequiel em entrevista à Rádio CBN.
Ezequiel vive na cidade de Ponte Preta, a 30 km de Erechim (Rio Grande do Sul), ao lado de João Wojtyla, primo em segundo grau de João Paulo II.
Migração
Quatro integrantes da família Wojtyla deixaram a Polônia em 1914 com destino ao Brasil. Chegaram de navio a Porto Alegre, de onde foram imediatamente para Erechim.
Apenas em 1980, na primeira visita do Papa ao Brasil, os Wojtyla “brasileiros” reencontraram o parente famoso: João se encontrou por dois minutos com o Papa, em Porto Alegre.
“Eles se abraçaram e conversaram em português, mas a segurança do Papa não permitiu que o encontro fosse prolongado”, relembra Ezequiel.
Depois desse rápido contato, João enviou uma carta para o Vaticano e recebeu como resposta breves linhas, provavelmente escritas de próprio punho por João Paulo II.
“Ele reconhecia, com muita alegria, ter parentes brasileiros”, conta Ezequiel.