Entre 2001 e 2005, o faturamento do comércio eletrônico no Brasil teve crescimento nominal de 400%. O índice registrado pelo e-bit considera todo o varejo virtual do país, com exceção de leilões, venda de automóveis e turismo.
A comparação entre os meses de janeiro desses dois anos mostra que o volume de vendas aumentou 254%.
Os principais motivos para o crescimento são valor médio gasto por cada consumidor –o tíquete médio subiu 63%–, número de transações realizadas, aumento da quantidade de adeptos às compras virtuais e fidelização de clientes mais antigos.
Em 2001, havia pouco mais de 700 mil compradores virtuais, enquanto hoje 3,25 milhões de pessoas já fizeram pelo menos uma compra pela web em lojas nacionais.
A expectativa é que o setor movimente cerca de R$ 2,3 bilhões em 2005.
Durante o período, houve um crescimento da participação de mulheres de 40% para 43% nas compras on-line. Em faixas etárias mais jovens, a participação feminina chega a 45%. A participação de e-consumidores maiores de 50 anos também aumentou: antes somava 9%, e hoje é de 15%.
Cerca de 80% das compras são pagas com cartão de crédito. Um fator curioso: quase 50% das transações são realizadas entre segunda-feira e quarta-feira.
As promoções via e-mail e sites de busca passaram a motivar mais compras. Em 2001, eles eram responsáveis por 2% e 7% das negociações, respectivamente, enquanto em janeiro de 2005 os números subiram para 14% e 13%.
Em média, o consumidor virtual tem renda familiar de aproximadamente R$ 4.000, valor que não teve alterações durante os anos. “Futuramente, com a popularização do acesso à internet, a tendência é que pessoas com renda mais baixa aumentem a participação nas compras virtuais”, diz o relatório da e-bit.