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Ibama aplica multas por desmatamento ilegal na região de fronteira com Mato Grosso

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Quatro mil hectares de floresta – o equivalente a quatro mil campos de futebol – desmatados ilegalmente deram origem a R$ 11 milhões em multas. Esse foi o principal resultado parcial da primeira fase da Operação Acauã, de combate ao desmatamento no sul do Amazonas, divulgado hoje (25) pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

“Os resultados são positivos por duas razões”, declarou à Radiobrás o superintendente do Ibama no Amazonas, Henrique Pereira. “Primeiro pela eficiência na identificação das áreas desmatadas; segundo, porque demonstram a manutenção da tendência de desaceleração do desmatamento”.

Esse é o quinto ano consecutivo em que o Ibama realiza operações ostensivas no sul do Amazonas – região fronteiriça com Mato Grosso e Rondônia, a mais crítica do estado. Graças às imagens de satélite do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram identificados 43 mil hectares de desmatamento supostamente realizados em um ano, desde junho de 2005.

“Nesses primeiros 50 dias de operação, já visitamos e vistoriamos 4 mil hectares. Mas a operação segue até novembro, enquanto durar a estação seca”, revelou Pereira. “Já passamos pelo sudeste do estado [municípios de Apuí, Manicoré, Novo Aripuanã e Borba. Agora, vamos para o sudoeste [Humaitá, Canutama, Lábrea e Boca do Acre], para a área sob influência da BR-319 [rodovia Manaus – Porto Velho]”.

Pereira revelou que a equipe envolvida na operação é pequena: 22 agentes, incluindo servidores do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas e da Polícia Militar, que contam com apenas seis veículos. “A gente pode dispensar um efetivo maior porque nossos fiscais já saem de Manaus com esses locais identificados, graças ao trabalho de inteligência a partir principalmente das imagens de satélite”.

“Um dos pontos críticos onde estivemos é a Floresta Nacional de Jatuarana [unidade de conservação federal criada em 2003]”, relatou Pereira. Na operação do ano passado, o Ibama já tinha identificado uma estrada clandestina dentro da reserva. Quando os fiscais deixaram a área, os infratores voltaram a trabalhar lá. Hoje já são 40 quilômetros de ramal, em direção o Mato Grosso. “Vou pedir autorização à Justiça para que a Polícia Federal e o Exército implodam esse ramal”, adiantou o superintendente.

Acauã é uma ave de rapina da região – uma alusão às imagens de satélite, já que os gaviões enxergam suas presas das alturas e consegeum descer ao local preciso da captura. A operação corresponde a uma das 19 bases do plano do governo federal de combate ao desmatamento na Amazônia

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