Enquanto o Detran de Mato Grosso gasta R$ 160 mil no conserto de uma caminhonete Pajero, de propriedade da Secretaria de Justiça (conforme relatório de prestação de contas reprovado pelo Tribunal de Contas do Estado), a Ciretran de Sinop, município com a 4ª maior economia do Estado, está desaparelhada e sofre até com falta de material de expediente. Esta é a situação relatada ao Só Notícias por vários usuários.
“Pela arrecadação que Sinop tem no imposto de veículos, o retorno que o Detran dá em termos de infra-estrutura e atendimento é bem inferior”, afirmou um profissional liberal, cuja atividade está relacionada aos serviços prestados pela Ciretran. Segundo ele, os usuários estão, freqüentemente, sujeitos a equipamentos que não funcionam e os documentos ficam parados no órgão por vários dias.
“Eles têm uma contenção de despesas que não dá para entender. Até mesmo os materiais de expediente enviados por Cuiabá nem sempre são suficientes para atender a necessidade”, lamentou um empresários, que preferiu não se identificar.
Só Notícias entrou em contato com o chefe da Ciretran em Sinop, Adilson Kovalski, que disse que as informações são inverídicas.
“Nós não temos problemas de equipamentos, que são novos e foram trocados em setembro do ano passado. O que ocorre é que o sistema eletrônico da Secretaria de Fazenda e o sistema nacional do Detran muitas vezes caem e demoram para voltar”, explicou. Ele disse que a redução da carga horária de expediente nos órgãos estaduais tem sobrecarregado o sistema da Sefaz.
Quanto a material de expediente, ele concordou que pode acontecer de vir uma quantidade menor mas “nunca deixamos faltar. Se for preciso, tiro do meu bolso e vou lá comprar”. O que ainda não ocorreu, segundo ele. A promessa, segundo Kovalski é que todos os terminais da Ciretran sejam trocados no ano que vem, com sistema moderno e com CPU, como ocorre em Cuiabá.