O Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, ficou sem operar vôos comerciais por mais de sete horas. Motivo: uma pane nas freqüências do Sistema de Comunicação Aérea, ocorrida no final da manhã, em Brasília. A situação acabou atingindo todos os aeroporto brasileiros. No pátio, o “Aerolula”, avião da Presidência da Republica ficou retido. As aeronaves procedentes de Campo Grande rumo a Brasília tiveram de cancelar os vôos. Em uma delas, estavam o governador Zeca do PT, o senador Delcídio do Amaral e o secretário de Representação em Brasília, Rodrigo Terra
Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), uma central de comunicação do Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo (Cindacta 1) apresentou problemas técnicos às 9h45 (horário de Brasília) e saiu do ar. O sistema retornou às 10h30min, mas por volta das 12h50 caiu novamente permanecendo assim até às 15h30min, o que impediu o pouso e a decolagem das aeronaves.
A falha de comunicação no sistema de freqüências do controle aéreo gerou uma série de atrasos também nos demais aeroportos que fazem parte do sistema do Cindacta-1, como é o caso de Congonhas e Guarulhos (SP), Confins (MG), Galeão (RJ), além do próprio Aeroporto Marechal Rondon. O sistema é responsável pelo tráfego aéreo de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Goiás, parte de Mato Grosso e parte de Mato Grosso do Sul, além do Distrito Federal.
No final da tarde, o avião presidencial conseguiu decolar. Segundo funcionários da Infraero, os pilotos do Airbus 319 vieram a Cuiabá em missão de treinamento.
O presidente da Anac, Milton Zuanazzi, informou que a expectativa é de que os problemas venham a se repetir nesta quarta-feira. Ele reconheceu que “nunca houve um colapso desse tamanho”. Ele recomendou que passageiros buscassem as companhias aéreas, uma vez que vôos desta terça-feira só vão ocorrer na quarta.