O diretor do presídio Ferrugem em Sinop, Silas Parra, disse, agora há pouco, ao Só Notícias, que ainda aguarda o alvará de soltura para liberar o grupo de pessoas preso durante a operação Kayabi, da Polícia Federal, na semana passada em Sinop, Alta Floresta e Paranaíta, sob acusação de grilagem de terras e extração ilegal de madeira em aldeias indígenas.
Conforme Só Notícias já informou, o TRF está concendo habeas corpus de ofício onde revoga decreto de prisão temporária dos 105 acusados em todo o Estado, que feita pelo juiz federal Julier Sebastião da Silva. Segundo Parra, ainda não foi apresentado nenhum documento do juízo competente para ser feita a liberação. Pelo menos 28 pessoas estão presas na penitenciária, em uma ala especial. Algumas mulheres também estão detidas na cadeia.
A transferência do grupo para o presídio foi feita ontem. Todos estavam na cadeia, que foi parcialmente desativada no mês de janeiro, com o início das atividades do Ferrugem. Todos já prestaram depoimentos para a Polícia Federal no inquérito onde são denunciados pelo Ministério Público Federal.
Pesam sob eles as acusações de grilagem de terras públicas; exploração das florestas da terra indígena Kayabi; crimes contra o meio ambiente e a Administração Pública; extração, transporte e comercialização ilegal de madeiras; e genocídio contra as etnias indígenas Kayabi, Apiaká e Munduruku, que vivem na reserva Kayabi.