O Comando da Aeronáutica suspendeu hoje as buscas ao corpo do bancário Marcelo Paixão, única vítima do acidente do Boeing 737-800, da Gol Linhas Aéreas, que não foi encontrada e, portanto, não-identificada. Após 49 dias de busca, os militares concluíram que tudo o que era possível já havia sido feito.
Também não foram encontradas a asa esquerda e o winglet (componente aerodinâmico da ponta da asa) da aeronave. Ao divulgar ontem o relatório preliminar da Divisão de Investigação do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), o chefe das investigações, coronel Rufino Antônio da Silva Ferreira, afirmou que a análise destas partes seria importante para comprovar a hipótese de que a ponta da asa do jato Legacy – que se chocou no ar com o avião da Gol – teria atingido a asa esquerda do Boeing, que se desintegrou durante a queda.
Segundo a Aeronáutica, 900 pessoas, entre militares e civis, foram empregadas na operação de busca das vítimas e das partes do avião. Elas teriam vasculhado uma área de 20 quilômetros quadrados.
A Aeronáutica também divulgou que usou 16 tipos de aeronaves, além de um helicóptero do Exército. Ao todo, entre sobrevôos e transporte de pessoal, foram mais de 1.300 horas de vôo.