Depois de atingidas por má gestão do presidente afastado Agenor Luiz Sodré Mascarenhas e seu secretário Wildes Mateus Pereira, crianças da entidade estão sob a responsabilidade de Alba Badoco, presidente interina da entidade, nomeada pelo Rotary Clube.
Alba disse que ela e voluntários estão trabalhando para organizar desde atividades letivas, perícia contábil, departamento administrativo, convênios, entre outras providências. O trabalho está sendo executado de forma a não dar susto nas crianças.
São 40 alunos nos dois turnos (matutino e vespertino). Com a falta de funcionários e a aproximação do final do ano, voluntários estão colaborando com atividades físicas, educacionais e culturais.
Vão aguardar a decisão judicial. Se não houver nenhuma alteração ficam na presidência até o final do próximo ano quando haverá eleição.
Denúncia
A pedido do Ministério Público do Estado de Mato Grosso, por meio do promotor de Justiça da Comarca, Mauro Poderoso de Souza, a Justiça determinou na terça-feira ( 24) o afastamento dos dois gestores sob acusação de improbidade administrativa, conduta imoral, inclusive incentivando a prática de sexo entre os menores dentro da entidade e total abandono das crianças ali atendidas.
Na ação, o representante do MPE relata também outras irregularidades relacionadas a prestação de contas, fraude, desvio de finalidade e falsidade documental. Informações do Conselho Tutelar local afirmam que devido as precárias condições na prestação de serviços, que a atual diretoria da Apae vem realizando, chegando, ao ponto máximo, de os pais tirarem os seus filhos da entidade.
A Promotoria encaminhou igualmente à Justiça denúncias das mães de alunos, nas quais as crianças ficam abandonadas, tempo em que são incentivadas a praticar condutas totalmente imorais. Como se não bastassse, a professora Sônia Maria Gomes da Fonseca disse que o presidente mandou servir para os alunos, no jantar, carne estragada com varejeira, ação evitada por terceiros.
Por sua vez, Wildes também é acusado de usar o veículo Kombi da instituição para fins exclusivamente particular, prejudicando sobremaneira os alunos que necessitavam do transporte para consultas médicas. O promotor de Justiça Mauro Poderoso aguarda conclusão do inquérito policial para denunciá-los à Justiça.