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Denúncias de Vedoin contra Antero teriam custado R$ 2,5 milhões

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Surgiram hoje novas revelações sobre o caso dossiê, fabricado pelo empresário Luiz Vedoin, da Planam, contra políticos do PSDB. A mais recente informação foi veiculada hoje no site da Revista Época aponta que as denúncias feitas por Vedoin, que o senador mato-grossense Antero Paes de Barros teria negociado emendas em troca de propinas, foram vendidas por R$ 2,5 milhões e petistas estariam envolvidos. No Senado, Antero foi um dos principais críticos do governo Lula, tendo descoberto o caso do caseiro Francenildo que teve sigilo bancário violado e resultou na queda de Antonio Palloci do Ministério da Fazenda.

Eis a íntegra da informação, assinada pelo jornalista Thomas Traumann:

“Na avaliação do Planalto, Berzoini (Ricardo Berzoini, presidente do PT) sabia que seus assessores Oswaldo Bargas e Jorge Lorenzetti negociavam o dossiê com a família Vedoin desde o início de agosto. Eles foram aos Vedoin levados por políticos de Mato Grosso, depois que Vedoin acusou o senador tucano Antero Paes de Barros de envolvimento no esquema de superfaturamento de ambulâncias. Segundo as informações governistas, o depoimento dos Vedoin contra Antero teria custado R$2,5 milhões. Desde o início, portanto, o PT sabia que as informações dos Vedoin não sairiam de graça.
Na primeira conversa com o então diretor do Banco do Brasil Expedito Veloso e o ex-secretário do Ministério do Trabalho Oswaldo Bargas, os Vedoin pediram R$20 milhões e foram baixando até chegar a R$ 2 milhões. Também prometeram que a família não seria “perseguida” num eventual segundo governo Lula – palavra que na tradução dos dois ministros ouvidos por ÉPOCA se trata de uma promessa de interferência nos inquéritos policiais contra a família.

Quando a negociação chegou aos R$ 2 milhões – segundo a apuração paralela do Planalto- Berzoini foi avisado e autorizou o recolhimento do dinheiro, incluindo o que havia sido recebido por fora. Dois ministros e um coordenador da campanha de Lula que relataram a apuração paralela à ÉPOCa reclamaram da dificuldade de obter detalhes da transação. Dizem que depois de terem contratado advogados, os principais envolvidos passaram a se preocupar mais em não serem processados do que em ajudar a esclarecer o episódio.

Há divergências no Planalto sobre qual a participação de Aloizio Mercadante. A PF tem evidências de que foi o coordenador de comunicação de Mercadante, Hamilton Lacerda, quem levou as malas de dinheiro para o pagamento aos Vedoin. Os ministros ouvidos por ÉPOCA acreditam ser improvável que um político centralizador como Mercadante não soubesse das andanças de seu assessor de campanha. Nas conversas de Lula com os ministros, Mercadante foi chamado de “vacilão”. O senador nega veementemente participação no caso. Na principal declaração pública sobre o assunto, Lula disse à Folha de S. Paulo que havia conversado com Mercadante. “Ele disse que não sabia, e disse que era contra”, disse Lula. “

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