Ao analisar as caixas-pretas do Boeing da Gol e do jato Legacy, que colidiram no último dia 29, no norte do Mato Grosso, causando a morte de 154 pessoas, investigadores canadenses concluíram que a asa direita e também parte da cauda do avião da Gol foram danificadas na colisão. O avião teria perdido, com o choque, a peça denominada profundor.
Essa peça é instalada no estabilizador horizontal da aeronave, mantendo o controle de subida e descida. do vôo, o que provocou a queda do Boeing em espiral. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, os registros do controle de tráfego aéreo de Brasília (Cindacta-1) o avião voava a cerca de 850 quilômetros por hora no momento do acidente, sendo que depois da colisão, a velocidade caiu para 108 quilômetros por hora.
Para os peritos da Aeronáutica, a queda durou cerca de dois minutos e meio. O fato das equipes de resgate encontrarem o trem de pouso aberto, reforça a indicação de que o piloto do Boeing ainda tentou reagir.
As buscas aos despojos mortais das últimas duas vítimas, na floresta entre duas aldeias indígenas, a 220 km de Peixoto de Azevedo, onde o avião caiu, prosseguem. As equipes também procuram o cilindro de voz da caixa preta que contém registros de outros dados que podem elucidar o maior acidente da aviação civil brasileira.
Os pilotos do jato Legacy (que atingiram o boeing) Jospeh Lepore e Jean Paladino continuam impedidos de saírem do país. A Justiça Estadual de Peixoto de Azevedo e a Justiça Federal em Sinop determinaram a apreensão do passaporte deles por tempo indeterminado.