O PSDB, o PFL e o PPS decidiram, em reunião concluída no final da tarde desta segunda-feira, que vão pedir nesta terça-feira ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que convoque todos os acusados de envolvimento em suposta tentativa de impedir as investigações sobre a origem do dinheiro que seria usado por petistas na compra de um dossiê contra candidatos do PSDB.
“O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, está servindo como intermediário e articulador de toda a artimanha para blindar Freud Godoy”, disse o presidente do PSDB, senador Tasso Jereissatti, referindo-se ao amigo do presidente Lula apontado como um dos mediadores no processo de montagem do dossiê.
Os três partidos pedirão ao TSE também que o governador de Mato Grosso, Blairo Maggi (PPS), seja investigado. Na semana passada, Maggi aderiu à campanha de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva depois de ouvir deste o compromisso de liberação de recursos para o agronegócio no Estado e no País. “Isso é crime eleitoral. É abuso do poder econômico do governo federal. É o ´megamensalinho´ do governador Blairo”, afirmou Jereissatti.
Os três partidos pretendem ir amanhã também à Polícia Federal (PF) para deixar claro que não concordam com uso político da instituição pelo governo Lula. “Vamos reagir com todas as forças da democracia. A PF não pode seguir o caminho fascista que segue hoje”, disse o presidente do PSDB.
Os três partidos devem solicitar à OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) que faça um acompanhamento das investigações sobre o caso do dossiê. Em resposta ao comando da campanha de Lula, o presidente do PPS, deputado Roberto Freire (PE), afirmou que os três partidos não estão fazendo nenhum “factóide”.
Leia também:
Blairo rebate criticas sobre apoio a Lula