O governador reeleito de Mato Grosso, Blairo Maggi (PPS), reuniu-se hoje à tarde, no Palácio do Planalto, com o presidente Lula, e confirmou que estará lhe apoiando no segundo turno. Blairo vai se licenciar do PPS, embora o presidente do partido, Roberto Freire, tenha anunciado que ele seria expulso caso apoiasse Lula. O PPS está apoiando Alckmin.
Blairo cobrou de Lula a liberação de R$ 3 bilhões para produtores recomporem as finanças deterioradas pela questão cambial e problemas climáticos. “O governo já havia autorizado o acesso a esses créditos, mas isso não aconteceu, ou aconteceu muito pouco, porque os mecanismos eram muito ruins e nós vamos readequá-los. Isso já vinha sendo negociado com o governo há oito, nove meses”, afirmou Blairo, no final do encontro. Além do governador reeleito, estiveram com Lula, o deputado federal reeleito Carlos Abicalil (PT) e o ex-secretário da Casa Civil Luiz Pagot.
Em Mato Grosso PT e PSDB forem adversários de Blairo na disputa pelo governmo estadual. Tanto o candidato tucano Antero Paes de Barros quanto a petista Serys Marli fizeram, nos debates na tv e nos programas eleitorais, pesados ataques contra Blairo.
O governador afirma ter ficado muito magoado com as acusações do PSDB, como a de que teria beneficiado a empresa Planam, do caso sanguessuga, concedendo incentivos fiscais. A petista Serys Marli criticou Blairo e as políticas educacionais e de saúde pública de seu governo.
Nem todo o grupo político de Blairo, reeleito com 65% dos votos, vai lhe acompanhar no apoio a Lula. O PFL, por exemplo, que elegeu o senador Jaime Campos, estará apoiando Alckmin. Prefeitos do PPS, como o de Lucas do Rio Verde, Marino Franz, já adiantaram apoio ao presidenciável tucano.