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FAB envia mais 28 militares para área do pior acidente da aviação brasileira

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A FAB (Força Aérea Brasileira) enviou mais 28 militares para Peixoto de Azevedo, no norte de Mato Grosso, onde foram encontrados os destroços do Boeing 737-800 da Gol, que caiu na última sexta-feira (29). Segundo a Aeronáutica, é “remotíssima” a chance de haver sobreviventes. É o pior acidente da aviação brasileira.

Parte dos militares integra os quadros de saúde da FAB –entre médicos e enfermeiros– e o restante é formado por homens especializados em salvamentos e buscas.

Ao todo, já são 75 militares envolvidos nos trabalhos, baseados na fazenda Jarinã, além de índios caiapós.

As buscas haviam sido interrompidos no final da tarde sábado e foram retomados na manhã deste domingo. O avião, que fazia o vôo 1907, transportava 155 pessoas –149 passageiros e seis tripulantes.

Queda

O avião, que havia saído de Manaus com destino ao Rio, deveria fazer uma escala em Brasília. Ele perdeu contato por volta das 17h de sexta, após um incidente não esclarecido com um jato executivo Legacy, fabricado pela Embraer. As equipes de resgate chegaram ao local aproximadamente 20 horas após o horário estimado da queda.

O Legacy, com sete pessoas a bordo, entre eles um repórter do “The New York Times”, conseguiu pousar na base aérea de Cachimbo, no sul do Pará. Os destroços do Boeing foram localizados ontem pela manhã na fazenda Jarinã, no norte de Mato Grosso, na fronteira com o Pará. A Infraero disse que há indícios de que o avião caiu praticamente na vertical, a mais de 400 km/h, até o seu nariz se chocar com o solo.

Com a dificuldade de atravessar a mata a pé, dois militares foram lançados de pára-quedas e outros desceram de helicópteros por meio de rapel para buscar sobreviventes. Índios caiapós também ajudam na busca. Um grupo com 11 indígenas caiapós, liderados por Megaron Txucarramãe, começou a percorrer ontem uma distância de cerca de 40 km entre a aldeia Piaruçú, cerca de 300 km de Colíder (MT), até a confluência dos rios Jarinã e Xingu para ajudar no resgate das vítimas do vôo 1907.Divulgação/Anac

“As equipes da Força Aérea já percorreram toda a área do acidente sem encontrar nenhum vestígio, nenhum indício de sobrevivência possível. Apenas corpos e pedaços de corpos e mais pedaços de corpos, nada além disso”, afirmou ontem o presidente da Infraero à Folha Online.

O brigadeiro Antonio Gomes Leite Filho, representante do comando-geral da Aeronáutica, disse que as buscas continuarão até que as equipes envolvidas encontrem um número de corpos considerado satisfatório –muitos estão mutilados.

“Enquanto não houver uma contagem que atenda suficientemente a quantidade das pessoas, a Força Aérea permanecerá no local, investigando e procurando até o limite que considerarmos que a probabilidade é zero ou que se acabaram as chances”, disse. Os destroços estariam espalhados por uma área de mais de um quilômetro.

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