Corpos carbonizados, mutilados e em decomposição. Destroços do boeing por um raio de aproximadamene 5km. Este é o cenário na mata entre as aldeas Capoto e Metruktire a 220 km de Peixoto de Azevedo, no Nortão, onde caiu o avião da Gol deixando 155 mortos, o maior já ocorrido no país. Ninguém sobreviveu, conforme Só Notícias informou ontem, em primeira mão, após manter contato com integrante da equipe de buscas.
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A retirada dos corpos começou neste domingo e pode levar uma semana. Pelo menos dois corpos foram retirados pelos soldados e vão para a Base Aérea do Camchimbo (280 km do local do acidente). “É um trabalho delicado e lento e as condições do local (mata fechada) tornam a remoção mais demorada”, explicou uma fonte. Roupas, objetos pessoais, pedaços da fuselagem estão espalhados no local da queda.
Cerca de 200 soldados e oficiais das equipes de buscas participam com auxílio de helicópteros. Eles estão concentrados na Base Aérea do Cachimbo e vão até a Fazenda Janirã que está servindo de local de apoio para as buscas.
Uma equipe do Corpo de Bombeiros de Sinop está no local desde sábado de manhã. Eles iriam receber as coordenadas do grupamento aéreo para chegar até o local do acidente. Porém, como a mata é muito fechada, soldados da FAB desceram dos helicópteros e foram até o local onde verificaram que não haveria sobreviventes. Começou a ser feita uma clareira na mata para onde serão levados os corpos e transportados até a Fazenda Janirã (cerca de 20 km do local onde o boeing caiu). Lá, serão colocados em câmaras frigoríficas e levadas para a Base Aérea do Cachimbo para onde deve seguir uma equipe de peritos.
Até agora, apenas um parente das vítimas está na região. É o filho do empresário
Marcio Aquino de Oliveira. Ele veio, do Rio de Janeiro, em areonave particular e chegou, no final da tarde, no aeroporto de Matupá (cidade vizinha de Peixoto de Azevedo). O piloto que lhe trouxe conversou com a Aeronáutica para obter autorização e pousar na base do Cachimbo, mas não foi concedida. Emocionado, o filho do empresário -que havia embarcado em Manaus e seguia para o Rio- evitou contato com a imprensa.
Um representante de uma indústria de calçados também foi a Peixoto ontem para acompanhar as buscas ao colega de trabalho Nelson Colonieze, que também estava no boeing.
O espaço aéreo num raio de aproximadamente 150 km do local do acidente está fechado pela Aeronáutica. Aeronaves não pousam ou decolam de fazendas e pistas particulares na região até que as buscas sejam concluídas.
Neste domingo, a FAB liberou imagens do jato Legancy com a alsa esquerda danificada e uma parte da fuselagem na parte superior. A caixa preta começou a ser analisada. Os pilotos depuseram em Cuiabá e disseram que sentiram um barulho e viram uma sombra. Pouco depois, notaram avarias na aeronave e pousaram na pista da base do Cachimbo
(Atualizada às 20:02hs)
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