A dificuldade de acesso ao local do acidente com o Boeing 737-800 da Gol, ocorrido na tarde de ontem no Norte do Mato Grosso, a 200 km de Peixoto Azevedo, reduz cada vez mais as chances de que as equipes de resgate localizem sobreviventes. A FAB só chegou ao local na tarde de hoje, cerca de 20 horas após o momento da queda. “Dois militares especializados em busca e resgate desceram em uma área próxima aos destroços para abrirem clareira em meio à densa vegetação”, diz o comunicado da FAB.
“Até o presente momento, não é possível adiantar informações a respeito das pessoas que estavam a bordo da aeronave acidentada”, adianta o comunicado. Mesmo assim, a FAB ordenou que o hospital de Peixoto Azevedo deixe médicos de prontidão para receber possíveis feridos. O problema é que o hospital da cidade é pequeno e não dispõe de estrutura para atendimentos de casos mais graves. O hospital mais bem equipado para esse tipo de serviço estaria em Cuiabá, a mais de 1.000 km de distância do acidente.
O vôo 1907 saiu de Manaus e seguia para Brasília, ontem. Transportava 149 passageiros e seis tripulantes. Durante a viagem, teria colidido com um avião menor, um jato Legacy, que conseguiu fazer pouso de emergência sem feridos na base aérea da serra do Cachimbo.
Os destroços do Boeing, no entanto, foram localizados por volta das 9h deste sábado por militares em uma fazenda no alto Xingu, entre Pará e Mato Grosso. A Gol Linhas Aéreas divulgou a lista de passageiros na madrugada de hoje. Assim que forem localizados, os corpos das vítimas serão levados para a base aérea do Cachimbo, em Novo Progresso, no Pará.