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58 presos e 3 mil metros cúbicos de madeira apreendidos na região de Juína

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Operações realizadas pela secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e com apoio de policiais militares e agentes da delegacia de Meio Ambiente (Dema) nos últimos meses em Colniza, Aripuanã e Juina, na região noroeste de Mato Grosso, resultaram na detenção de 58 pessoas, apreensão de quase três mil metros cúbicos de madeira e aplicação de multas que somam mais R$ 12 milhões.

A região é tão problemática que uma nova operação está sendo realizada pelo Ibama com apoio do Exército e já culminou com a apreensão de 8,5 mil mteros cúbicos de madeira. Segundo o secretário de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema), Marcos Machado, trata-se de uma região critica que requer vigilância constante dos órgãos ambientais. “Vários municípios fazem parte do chamado arco do desmatamento, pois é uma região que está sendo aberta agora para a exploração agricola. É necessário neste momento ação do Estado naquela área, por isso louvo a ação do Ibama e do Exército que estão presentes na região combatendo crimes ambientais” disse o secretário elogiando a ação do Ibama que a exemplo do fez a Sema em julho realiza uma operação na região.

Na operação realizada pela secretaria de Meio Ambiente entre os dias 4 e 23 de julho, 32 pessoas, entre fiscais da Sema, policiais militares do Batalhão Ambiental e agentes da Policia Civil lotados na delegacia de Meio Ambiente (Dema), passaram 19 dias na região. Embrenhados na mata e atuando também nas cidades e distritos dos três municípios, os agentes desarticularam quadrilhas que agiam na região praticando roubo de madeira, desmatamento ilegal e atividade garimpeira de forma clandestina.

No balanço geral da operação divulgado pela Superintendência de Ações Descentralizadas (setor responsável pela fiscalização da Sema), consta a apreensão de 2.614,73 metros cúbicos de madeira, sendo 1.227,66 m³ de madeira em tora e 1.377,03 m³ de madeira serrada. De acordo com o relatório a madeira apreendida é oriunda de transporte e armazenamento ilegal, ou seja, uma parte foi apreendida em cima de caminhões e outra em depósitos de madeireiras e cerrarias da região.

A fiscalização da Sema apreendeu ainda 15 caminhões usados para o transporte ilegal de madeira, 4 motosseras e 4 tratores do estilo esteira, utilizados no desmatamento ilegal. No levantamento feito pela equipe, foi detectada uma área de 3.823,97 hectares, desmatada sem autorização dos órgãos ambientais (Sema e Ibama). O total é referente aos municípios de Colniza, Aripuanã e Juina, onde os fiscais estiveram presentes.

Houve ainda a apreensão de 3 quilos de carne de paca e o fechamento de garimpo clandestino no município de Colniza. O maquinário foi apreendido e as pessoas que estavam trabalhando no local foram detidas para averiguação. Em toda operação 58 pessoas foram detidas pelos policiais e encaminhadas para delegacia, a maioria indiciada pela prática de crime ambiental, seja por desmatamento ou transporte ilegal de madeira.

Fiscais da superintendência de Ações Descentralizadas notificaram 40 proprietários, entre fazendeiros, garimpeiros e madeireiros. Foram emitidos 37 autos de infração e aplicadas multas que totalizam R$ 12,486 milhões.

A Operação foi deflagrada a partir de um levantamento feito pelo serviço de inteligência da Sema, que identificou a ação de madeireiros que extraiam ilegalmente árvores da floresta amazônica. Os trabalhos de acordo com os integrantes da equipe terminaram com sucesso. Estiveram a frente da operação o comandante do Batalhão Ambiental da PM tem-cel Gley Alves, o Superintendente de Ações Descentralizadas da Sema major PM Maurozan Cardoso e os delegados Rogério Gualdas Sanches e Márcio Pieroni, da delegacia de Meio Ambiente.

A região Noroeste sofre constantemente com a ação de bandidos que roubam madeira e deixam enormes clarões no meio da floresta. A pior situação é verificada no município de Colniza que faz divida com o Estado de Rondônia e possui uma extensa área de mata fechada que dificulta a fiscalização dos órgãos ambientais. Lá de acordo com fiscais da Sema quadrilhas roubam madeiraem Mato Grosso e levam para Rondônia onde são comercializadas de forma clandestina ou legalizada com documentos de procedência duvidosa.

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