A diretora da cadeia de Colíder (150 km de Sinop), Caroline Chiminazzo de Faria, já está providenciando a transferência de 25 detentos que se encontram detidos no município, em cumprimento a decisão da juíza Anna Paula Gomes de Freitas, que interditou o prédio por não apresentar condições mínimas de segurança e salubridade.
Em entrevista ao Só Notícias, a diretora disse que ainda devem ser definidos os locais para transferência de presos que estão em regime provisório, já que apenas seis são condenados e podem ser encaminhados para o presídio de Sinop. Cadeias da região são opções, mas algumas estão lotadas e não têm mais vagas. “Também precisamos da anuência do juiz para onde eles serão encaminhados, da superintendência do sistema prisional e o veículo para transferência, já que dependemos da Polícia Militar”, acrescentou.
Desde que foi interditada, na semana passada, a cadeia não pode mais receber presos. Caroline destaca que já comunicou o delegado local, mas que ninguém foi preso no município neste período. Outros 20 presos cumprem pena em regime domiciliar no município.
Mesmo não estando com capacidade máxima de lotação, já que comporta até 40 detentos, um laudo pericial do departamento de engenharia da prefeitura apontou que a cadeia está com a estrutura comprometida. A diretora explicou que algumas paredes, das quatro celas, podem ceder e existem algumas rachaduras.
A cadeia também não possui área administrativa e recentemente foram construídas três salas destinadas para menores, ao lado. Apenas uma foi concluída e em outras duas faltam as grades. Segundo Caroline, recursos já foram liberados para a construção da ala administrativa, mas ainda não soube informar sobre a reforma nas celas.
A diretora também esclareceu que a ordem de interdição foi dada após ser feito um relatório da situação do prédio e ser constatado que não apresentava condições de segurança. “Não fui eu quem ingressei com o processo. Foi a partir de um relatório da real situação do prédio que foi instaurado o pedido de vistoria e decretada a interdição”, enfatizou.