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Governadores em campanha arrecadam 182% a mais que adversários

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Os 19 governadores candidatos à reeleição arrecadaram, até agora, 182% a mais que os seus principais adversários na disputa eleitoral. É o que revela a segunda prestação parcial de contas de campanha ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

A Folha considerou como concorrentes diretos os candidatos mais bem colocados nas últimas pesquisas eleitorais.

Somados, os governadores candidatos declaram já ter arrecadado R$ 43,8 milhões, contra R$ 15,7 milhões dos adversários diretos.

Para o advogado Alberto Rollo, presidente do Idipea (Instituto de Direito Político, Eleitoral e Administrativo), é normal que os atuais governadores consigam arrecadar mais dinheiro que seus oponentes.

“Campanha para a reeleição, aporte de recursos maior. Isso acontece porque o sujeito está lá com a caneta na mão e tem um determinado poder de decisão. O pessoal que colabora com ele quer que ele use a caneta dentro da lei e fora da lei. Lamentavelmente é por aí o caminho”, afirmou.

Há 12 casos em que o governador declara ter arrecadado mais de 100% do que seu concorrente. Em Rondônia, o atual governador Ivo Cassol (PPS) declarou ter arrecadado R$ 2,9 milhões, enquanto a senadora Fátima Cleide (PT), em segundo na última pesquisa Ibope, disse ter apurado R$ 24 mil –diferença de 12.212%.

Em Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), disparado nas últimas pesquisas, declarou 4.732% a mais que Nilmário Miranda (PT): R$ 9,7 milhões, contra R$ 200 mil.

Em Santa Catarina, o governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB) declarou ao TSE uma arrecadação de R$ 2,1 milhões. Esperidião Amin (PP) disse ter levantado R$ 97 mil –uma diferença de 2.128%.

No total, são 14 os governadores (AM, AP, BA, CE, ES, MG, MT, PB, PE, PI, PR, RO, SE e SC) que declararam ter arrecadado mais que seus adversários. Só cinco oponentes (GO, RN, RR, RS e TO) superam os candidatos à reeleição.

A maioria deles havia, de fato, declarado como estimativas máximas de gastos (e portanto de arrecadação) ao TSE valores superiores aos seus oponentes. Dos 19 governadores candidatos à reeleição, 11 já previam desembolsar mais, dois o mesmo valor e apenas seis menos.

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