Cerca de mil acadêmicos participaram do encontro com o candidato à reeleição pela coligação Mato Grosso Unido e Justo, governador Blairo Maggi (PPS), ontem à noite, no Univag – Centro Universitário de Várzea Grande. Maggi fez um balanço do Governo, reafirmou compromisso de aplicar bem o dinheiro público e destacou que a educação, saúde e segurança pública, continuará tendo prioridade no segundo mandato, mas não deixando de investir em obras como mais conjuntos habitacionais, mais estradas pavimentadas e principalmente incentivos fiscais para que novas indústrias se instalem em Mato Grosso gerando divisas para Estado e para o Brasil, além da geração de empregos e renda.
A iniciativa dirigida pelo Grupo Solidário de Várzea Grande em parceira com a instituição proporcionou um debate com estudantes que apresentaram muitas perguntas ao candidato. Maggi também recebeu reivindicações e inúmeras manifestações de apoio à sua reeleição.
Um dos temas mais questionados foi à promessa feita em 2002 para baixar os impostos. O chefe do executivo explicou que não tem vergonha em dizer que, na época, fez uma promessa sem saber dos reais números de arrecadação de Mato Grosso. “A exemplo do que eu fiz em 2002, os atuais candidatos estão fazendo a mesma coisa nesta campanha. Ninguém sabe o quanto o Estado arrecada, isso porque não foram buscar os documentos que estão disponíveis na Seplan (Secretaria de Planejamento)”, disse o chefe do executivo estadual.
Blairo Maggi reafirmou que não vai fazer injustiça social para promover a igualdade fiscal. Ele lembrou que mais de 250 mil famílias estão isentas do pagamento de ICMS (Imposto de Circulação e Mercadorias e Serviço) e no caso da telefonia, quem tem celular a cartão teve redução de 5% no ICMS, o que representa 85% dos usuários de celulares. “Reduzir o ICMS da energia significa que muitas famílias que hoje não pagam nada de imposto, vão passar a pagar, para que poucos que pagam mais deixem de pagar e isso eu não vou fazer”, frisou o candidato do PPS.
Maggi também desmentiu a informação de que Mato Grosso tem o IPVA mais caro do Brasil e argumentou que não é possível baixar todos os impostos. “Prefiro ficar vermelho e dizer um não a ficar roxo de raiva por não poder cumprir os compromissos da instituição Estado de Mato Grosso”, declarou o governador.
“Achei interessante à sinceridade com que ele falou. Eu não entendia direito porque não era possível baixar os impostos e toda a questão da carga tributária, hoje eu compreendi porque ele não conseguiu baixar os impostos”, disse o estudante de direito Ronaldo Batista Duarte.