PUBLICIDADE

Força-tarefa desmantela quadrilha e evita prejuízos para o Estado

PUBLICIDADE

Uma força-tarefa composta por 20 delegados e 100 investigadores da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso deflagrou na manhã desta terça-feira, a ‘Operação Angico’, que desmantelou uma quadrilha que fraudava a inserção de dados falsos no sistema de emissão de Guias Florestais na Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), o CC-Sema.

Até o final da manhã, os policiais haviam efetuado a prisão de 22 pessoas acusadas de envolvimento com fraudes praticadas contra o Cadastro de Consumidores de Produtos Florestais (CC-Sema). A “Operação Angico”, no entanto, continua e 60 novos mandados de prisão e 52 de busca e apreensão deverão ser cumpridos em todo o Estado.

Segundo o diretor Metropolitano da Polícia Civil, Wilson Leite, um dos delegados que participa da operação, das 22 pessoas detidas até o momento, aquelas que estão colaborando com a justiça, estão sendo ouvidas e liberadas.

A quadrilha inseria de forma ilegal créditos virtuais no sistema, beneficiando empresas madeireiras que possuíam cadastro junto à Sema, mas não seguiram os trâmites normais para legalizar a comercialização de produtos florestais, sobretudo madeira.

Segundo o secretário em exercício de Meio Ambiente (Sema) Luis Henrique Daldegan, os fraudadores tanto poderiam utilizar os créditos para negociar a Guia de Transporte (GF), como legalizar e vender madeira sem a comprovação da origem, podendo inclusive utilizar madeiras extraídas de unidades de conservação e reservas indígenas.

Daldegan calcula que se o crime não fosse descoberto a tempo os envolvidos no esquema poderiam movimentar até R$ 60 milhões. “Serviço de inteligência da Sema descobriu a fraude no final de junho e imediatamente acionamos a delegacia fazendária para que procedesse a investigação. O Estado agiu rápido e o resultado é a prisão dos fraudadores” disse o secretário.

Ele ressalta que a primeira providência após tomar conhecimento das denuncias foi suspender o cadastro de 47 empresas que teriam sido beneficiadas com o esquema. “Fizemos uma análise minuciosa, processo a processo, e apenas duas empresas foram excluídas da lista. As demais estão proibidas de comercializar madeira em Mato Grosso. Seus proprietários terão de mudar de ramo ou trabalhar dentro da legalidade” afirmou Luis Henrique.

O secretário garante que as medidas adotadas pela Sema e pela Polícia Civil tem o apoio irrestrito do governador do Estado, da direção de entidades de classe e de ongs ambientalistas.

Entre os 22 presos nesta terça-feira, estão dois ex-servidores que prestavam serviços na Sema: o ex-estagiário Wiliam Pereira Freitas e o ex-funcionário do departamento de informática Emanuel Santana, que havia sido exonerado há duas semanas juntamente com outros cinco funcionários do setor.

Os presos durante a “Operação Angico” de acordo com o diretor Metropolitano da Polícia Civil, Wilson Leite, serão indiciados pelos crimes de inserção de dados falsos e corrupção ativa e passiva. As prisões são temporárias.

No total a justiça expediu 82 mandados de prisão e 52 mandados de busca e apreensão que serão cumpridos em 22 municípios do interior e Cuiabá. Das 22 pessoas que já se encontram em poder da policia, 16 foram presas em Sinop, 2 em Marcelândia, 2 em Alta Floresta e 2 em Cuiabá.

Os dados foram repassados à imprensa em entrevista coletiva no final da manhã desta terça-feira na diretoria da policia civil. Participaram da entrevista os delegados Wilson Leite, Alana Cardoso e os secretários de Meio Ambiente Luis Henrique Daldegan e de Comunicação Social (Secom) José Carlos Dias.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

PUBLICIDADE