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Fazendeiro é condenado a 24 anos de prisão por duplo homicídio no Nortão

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O garimpeiro Miguel Jordão Milani foi julgado pela segunda vez em Guarantã do Norte (714,9 quilômetros ao Norte de Cuiabá). Por seis votos a um, foi condenado a 24 anos de prisão pelos assassinatos do médico Rubens de Oliveira Bottas e do corretor de imóveis Odair Alves, ocorrido em 1984 (leia atualização de conteúdo no final da notícia). O promotor de Justiça Milton Mattos da Silveira explica que no primeiro júri, em 1993, o réu pegou apenas quatro anos de reclusão, já que os jurados aceitaram a tese da legítima defesa do patrimônio. Contudo, o Ministério Público Estadual (MPE) recorreu ao Tribunal de Justiça, que deferiu o recurso ao entender que a decisão dos jurados foi manifestamente contrária à prova dos autos. "Foi um crime cruel e premeditado, pois o condenado mandou prender as vítimas num matagal antes mesmo de saber se houve tentativa de golpe ou não". Segundo o promotor, os dois foram mortos nas mediações da fazenda de Milani, a 25 quilômetros de Guarantã. Lá, o réu e mais três capangas amarraram e espancaram as vítimas, que chegaram a perder os dentes. O médico inclusive teve uma das mãos amputadas. Diz que os quatro, além de atirar neles, também desferiram vários golpes de facas e colocaram fogo nos corpos. Depois disso, os comparsas de Milani (João Valdecir Gonçalves, Luiz Carlos Machado Batista) fugiram. Apenas outro deles, Antônio Roberto Gonçalves, e Milani foram detidos. No entanto, o capanga também também fugiu após a prisão preventiva ter sido revogada. O fazendeiro morava em Cuiabá, mas era conhecido em Guarantã do Norte pelo garimpo que mantinha na cidade e pela comercialização de ouro.

O duplo homicídio ocorreu após o médico e o corretor tentarem dar um golpe em Milani. Os dois teriam ido à casa dele, em Cuiabá, para comprar o cerca de 10 quilos de ouro. Rubens disse que se chamava Paulo Vítor Juarez. Já Odair apresentou-se como um fazendeiro da região de Barra do Bugres (Médio Norte de Mato Grosso). Milani pediu 160 milhões, ná época em cruzeiros, pelo produto. No entanto, queria pagamento em cheque visado de um banco no Estado. Como as vítimas não possuíam a quantia, retornaram à cidade de origem (São José do Rio Preto – SP) e, uma semana depois, voltaram a Cuiabá, dizendo que iram fechar o negócio. Porém, ao chegarem em Guarantã do Norte, apresentaram a Milani um cheque de banco de São Paulo. Desconfiado, o fazendeiro mandou que três capangas João Valdecir Gonçalves, Antônio Roberto Gonçalves e Luiz Carlos Machado Batista levassem o médico e o corretor a um matagal, enquanto conferia a autenticidade dos cheques em Cuiabá. "No mesmo dia, o fazendeiro saiu de Guarantã de avião até Cuiabá e retornou ao Norte do Estado, após constatar que o cheque era falso. Então, foi ao encontro dos capangas, ajudou a torturar as vítimas e comandou a execução de forma cruel. O crime teve grande repercussão na época e até hoje é lembrado pelos habitantes no município".

Atualização de conteúdo em 26/10/2011
O advogado Luiz Pinheiro da Silva informou, ao Só Notícias, que “o Tribunal de Justiça de Mato Grosso através do recurso 24.105/2007, invalidou o julgamento e absolveu o acusado. Miguel já havia sido julgado outra vez e absolvido. Miguel Jordão sempre jurou inocência, assim como seus empregados Luiz Carlos e outros, que foram também absolvidos em outros julgamentos”

 

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