A vantagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato à reeleição, sobre o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin (PSDB), caiu seis pontos percentuais entre o final de maio e o final de junho, de acordo com pesquisa do Instituto Datafolha divulgada hoje. A pesquisa, encomendada pelo jornal Folha de S.Paulo, entrevistou 2.828 eleitores entre os dias 28 e 29 de junho em 177 municípios em 25 Estados. A margem de erro máxima é de 2 pontos percentuais. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número 9922/2006.
A intenção de voto em Alckmin subiu de 22% no levantamento anterior, realizado nos dias 23 e 24 de maio, para 29%, uma alta de 7 pontos percentuais. Já o presidente Lula subiu 1 ponto, passando de 45% para 46%.
Na terceira posição aparece Heloísa Helena (Psol), com 7% das intenções de voto. Cristovam Buarque (PDT) tem 1%, mesmo percentual de José Maria Eymael (PSDC) e Rogério Vargas (PSC). Luciano Bivar (PSL) e Rui Pimenta (PCO) foram citados mas não chegaram a 1%.
Mesmo com a reação de Alckmin, Lula continuaria vencendo no primeiro turno se a eleição fosse realizada hoje. O petista teria 54% dos votos válidos (excluídos nulos e brancos), contra 35% de Alckmin. Em um eventual segundo turno, Lula venceria por 51% a 40%.
A pesquisa do Datafolha concluída ontem foi a primeira feita após a formalização das candidaturas. Os candidatos Enéas Carneiro (Prona, que tinha 4% das intenções de voto em maio) e Roberto Freire (PPS, 2%) desistiram.
Rejeição
Lula lidera a lista de rejeição, conforma a pesquisa. Perguntados sobre em qual candidato não votariam em hipótese alguma, 31% dos eleitores citaram o atual presidente. No levantamento de maio, a liderança da rejeição era de Enéas, que tinha 35%, e Anthony Garotinho (PMDB), com 33%. Heloísa Helena vem em segundo, com 21%, e Alckmin é rejeitado por 19% dos eleitores.