O juiz da 1ª Vara Criminal de Sinop João Manoel Guerra, deve ouvir, no próximo dia 26, as testemunhas de acusação do policial rodoviário Carlos Roberto Gonçalves, que disparou mais de 10 tiros em uma danceteria, no centro da cidade, no dia 14 de abril. Três pessoas foram atingidas – Adriano Ferreira Viana, que levou um tiro nas nádegas, Adriana Alexandra Silva e a jovem Adriana Esser, que foi alvejada na coluna e perdeu o movimento nas pernas.
O policial está preso em Cuiabá, desde o dia 14, após ter sido espancado por um grupo de jovens, nas proximidades da danceteria, quando tentava fugir depois de ter efetuado os tiros. A defesa encaminhou o pedido de habeas corpus do acusado, mas foi negado.
Conforme decisão divulgada pelo Tribunal de Justiça, “não foram acolhidas as pretensões do paciente, pois nem o auto de prisão em flagrante padece de algum vício, nem há amparo legal para a liberdade provisória, afinal os crimes em que está denunciado são daqueles considerados como hediondo, circunstância que não autoriza a liberdade provisória”.
Carlos Roberto Gonçalves já foi interrogado, em Sinop, no dia 16 de maio. Em seu depoimento, conforme o Tribunal da Justiça, ele teria dito que não conhecia as vítimas e não se recorda de ter efetuado os disparos com a pistola 0.40, que é de uso exclusivo da polícia. Ele também teria dito que não levou a arma quando saiu de casa e que nunca andava armado fora de serviço. A arma utilizada por Carlos não foi localizada pela polícia.
Durante a audiência, em que serão ouvidas as testemunhas, o policial também deve estar presente.