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Produtores do Nortão decidem neste domingo rumos do protesto

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Os produtores rurais do Nortão vão se reunir, neste domingo de manhã, em Sorriso, para definir as próximas ações do ‘Grito do Ipiranga’, protesto que iniciou no Nortão, há três semanas, e ganhou adesões em 10 Estados. Eles avaliarão a medida anunciada pelo governo, ontem, de liberar R$ 1 bilhão para garantir preços mínimos para a soja.
Também discutirão a segunda liminar concedida pelo juiz Julier da Silva, a pedido do Governo Federal, proibindo bloqueios nas rodovias federais em Mato Grosso. O juiz mandou ontem a PM e Polícia Rodoviária retirar da pista e apreender caminhões, maquinários e qualquer outros veículos que estiveram bloqueando o tráfego, além de multá-los e identificar os proprietários para responderem processos civil e criminal.

A decisão dos produtores, em bloquear a passagem de cargas de gêneros alimentícios, comida, combustível e outros produtos acabou trazendo prejuízos para centenas de empresas, desabastecimento parcial, além de desgaste político para alguns prefeitos da região que foram conversar com o juiz Julier da Silva, ‘advogando a causa’ dos produtores, dizendo ao magistrado que não haveria bloqueio geral no Nortão e que só cargas de grãos e insumos não passariam. Isso acabou não ocorrendo e, com a nova liminar, é quase certo que a polícia virá com grande reforço para cumprir a determinação e liberar o tráfego.

Os produtores mantém os manifestos e a tendência é de serem intensificados a partir da próxima semana porque o governo Lula insiste em manter a política econômica que faz o dólar estabelecer a cotação da soja e demais produtos em patamares que não garantem ao produtor nem cobrir os custos de produção. Só depois dos protestos é que o governo começou, a timidamente, começar a buscar soluções. Mas, o que foi feito até agora, é muito pouco diante da necessidade urgente em adotar outras medidas como, por exemplo, reduzir o preço do óleo diesel, que tirou de R$ 4 a R$ 5 por saca de soja de rentabilidade. Os produtores também reivindicam pacto de 180 dias com todos os credores, sejam eles empresas e ou instituições financeiras dos setores privado e público.

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