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Novo Mundo discute unificação do Parque Estadual do Cristalino

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Amanhã, a prefeitura de Novo Mundo vai realizar uma Audiência Pública para discutir com a população a proposta de unificação das duas áreas do Parque Estadual do Cristalino, encaminhada em março deste ano pelo governo do Estado à Assembléia Legislativa, unificando os parques I e II.

O Parque Estadual Cristalino foi criado pelo Decreto 1.471, em 2000, com área de 66.900 hectares e um ano depois outro decreto anexou mais 118.000 mil hectares à área – o chamado Parque II. Desde o ano passado, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente colocou a resolução dos problemas do Parque Cristalino entre suas prioridades e sua proposta consiste em unificar com uma única lei o Parque I e II e, ainda, retirar do Parque algumas áreas periféricas que já eram desmatadas antes da sua criação.

A área é considerada de extrema importância pela sua diversidade biológica e para a conservação de nascentes e recursos hídricos no extremo norte de Mato Grosso, mas até o momento, o parque não foi implantado. Para isso falta concluir e aprovar o Plano de Manejo e resolver questões fundiárias, seus principais entraves no momento.

Desde o final do ano passado, o Parque foi indicado para receber apoio do Programa Áreas Protegidas da Amazônia (ARPA), do governo federal, que conta com recursos para implementação e manutenção de unidades de conservação no bioma amazônico. Cada unidade apoiada conta com recursos destinados a implantação, incluindo infra-estrutura de visitação pública e turismo e regularização fundiária. No entanto, qualquer redução de tamanho nas áreas protegidas apoiadas implica na sua exclusão do ARPA.

Para a Associação dos Amigos do Parque Cristalino (Aparc), uma organização da sociedade civil que reúne membros dos municípios do entorno do parque, a proposta da Sema representa uma possibilidade concreta de implementar o parque e viabilizar uma importante alternativa de renda para a região, já reconhecida como um local importante para atividades de ecoturismo.

Na opinião da Aparc, o turismo ecológico pode movimentar a região com o parque implantado, gerando investimentos em infra-estrutura, serviços de hotelaria, alimentação e artesanato, entre outros, além das próprias atividades geradas dentro do parque, caso seja aberto à visitação, como trilhas guiadas, proteção e serviços gerais.

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