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Ministério Público denuncia pecuarista por desmatamento ilegal no Nortão

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O Ministério Público Estadual (MPE) denunciou o pecuarista paulista Antônio José Junqueira Vilela, tido como o maior invasor do Parque Cristalino – importante área de preservação ambiental no Norte de Mato Grosso, próximo de Alta Floresta. Segundo uma reportagem do jornal A Gazeta, Vilela é denunciado por desmatar 6.508 hectares da reserva. Ele recebeu a maior multa já aplicada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) – 50 milhões.

Conforme o MPE, ele também está denunciado por instalar, dentro dos limites do parque, uma serraria, onde trata a madeira que extrai ilegalmente na região.”Agora ele vai responder a processo por crime ambiental, cuja pena é de 1 a 5 anos de prisão, mais multa”, informou o promotor que o denunciou dia 8 de março, Milton Mattos de Silveira Neto, lotado em Guarantã do Norte, mas também responsável por Novo Mundo , onde fica a segunda etapa do parque, que possui 118 mil hectares e onde se localiza a “Fazenda Nhandu”, de Vilela.

A primeira etapa do parque, criada em 2001, tem 66,9 mil hectares, em Alta Floresta.
A informação na Sema é a de que Vilela não pagou a multa. Recorreu. Conforme a assessoria de imprensa da Secretaria, o pecuarista declarou apenas 11 mil hectares da fazenda, mas invadiu mais 40 mil hectares dentro do parque, como constatou a equipe de fiscalização da Sema que, em outubro do ano passado, desencadeou uma operação in loco, flagrando este e outros crimes ambientais. Dos 27 proprietários notificados, apenas 3 assinaram termo de ajustamento de conduta. Não foi o caso de Vilela.

O delegado de Guarantã, Adriano Sanches, que enviou carta precatória à São Paulo interrogando o acusado, diz que, para se defender, em linhas gerais, ele alegou que o desmatamento foi feito antes da criação do parque e que tinha autorização do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente. A reportagem da Gazeta conseguiu dois telefones fixos de Vilela mas as ligações não foram atendidas.

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