Está em fase conclusiva, na subseção da Justiça Federal de Sinop, o processo cobrando da União indenização à jovem Adriana Esser, baleada pelo ex-policial rodoviário Carlos Roberto Gonçalves, em abril do ano passado. Ela foi atingida na coluna e perdeu o movimento das pernas. Ontem, o juiz Murilo Mendes ouviu algumas testemunhas. A sentença final deve sair após a oitiva de uma última testemunha, solicitada pela defesa. O valor da indenização será estipulado pelo juiz.
Em maio, Mendes deferiu uma liminar, determinando que a União pagasse pensão mensal, no valor de R$ 1,5 mil, para a jovem. Ele alegou que “a prova juntada aos autos é suficiente para que se que se conclua, em juízo de probabilidade, pela responsabilidade do agente público pelos atos que vitimaram a demandante, pessoa que gozava de saúde antes do dia 14 de abril de 2006 e que, a partir daquela triste data, viu-se de repente, obrigada a suportar a aflição de conviver com lesão gravíssima na sua coluna dorsal, em estado de paraplegia, lutando bravamente para conseguir se recuperar”. Desde que foi baleada, Adriana necessita de acompanhamento médico, remédios controlados e fazer sessões de fisioterapias mensais.
O ex-policial Carlos Roberto Gonçalves continua detido na Superintendência da Polícia Rodoviária Federal e responde por quatro tentativas de homicídio. Ele é acusado de ter atirado mais de 10 vezes em frente a danceteria, utilizando uma pistola 0.4, atingindo quatro pessoas. Ele chegou a ser rendido e agredido por populares. O processo também corre na subseção da Justiça Federal.