As ações de gestão ambiental compartilhada em Mato Grosso serão reforçadas com os recursos viabilizados pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) junto ao Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a Agência Brasileira de Cooperação Técnica (ABC) e o Ministério do Meio Ambiente com a embaixada da Noruega. São mais U$ 5,1 milhões para serem aplicados na prevenção e controle do desmatamento, cadastramento de propriedades rurais, ações de biodiversidade e valorização da floresta.
O secretário de Meio Ambiente, Luis Henrique Daldegan, ressalta que junto à embaixada da Noruega foram garantidos U$ 1,8 milhão que serão investidos na elaboração de um plano estadual, ligado ao plano nacional, destinado ao controle e prevenção do desmatamento da Amazônia, além do cadastramento das propriedades rurais. A ação da embaixada norueguesa destinará ainda recursos para o Acre e Pará, totalizando U$ 4,3 milhões.
Daldegan explica que a partir deste mês os recursos para Mato Grosso já começam a ser liberados e que o valor é a fundo perdido. Entre as ações que serão reforçadas com este recurso estão a de fiscalização, educação ambiental e ampliação das propriedades cadastradas na base da Sema.
Além disso, foram garantidos outros U$ 3,3 milhões para serem investidos em ações de biodiversidade e valorização da floresta em pé, assim como em ações para a população que vive da floresta, aos povos indígenas e para os povos tradionais das reservas, que estão no Noroeste de Mato Grosso. Este valor terá que ser aplicado no período de 15 meses a partir de dezembro, ou seja, até março de 2009. O recurso é para o Projeto de Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade nas Florestas de Fronteira do Noroeste de Mato Grosso e foi garantido pela Sema, que é a gestora do programa, devido a grande dinâmica implantada em sua execução e os resultados alcançados, que foram superiores aos previstos inicialmente.
Como exemplo desta superação, a meta do projeto era ampliar em 2.523 quilômetros quadrados as áreas protegidas na região, até o final deste ano. O projeto já alcançou 5.702,30 quilômetros quadrados de novas áreas, superando em 126% o previsto.
Através do projeto diversos benefícios foram levados à região. Exemplo é o apoio a estes municípios, por meio da contratação de consultores para elaboração de projetos para o Fundo Nacional do Meio Ambiente, para o Petrobrás Ambiental e par ao Petrobrás Fome Zero. Cinco, dos sete municípios, foram contemplados no edital do Ministério do Meio Ambiente com R$ 600 mil, que estão liberados a partir de novembro, para o fortalecimento do sistema municipal do Meio Ambiente e ações de fomento para atividades de sustentabilidade na região.
O programa, que teve início em 2001, seria concluído em dezembro deste ano. Com a apresentação dos progressos que ocorreram na região – em reunião com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e a Agência Brasileira de Cooperação Técnica (ABC) – pelo diretor nacional do projeto, secretário do Meio Ambiente de Mato Grosso, Luis Henrique Daldegan, e pela coordenadora nacional, a superintendente de Biodiversidade da Sema, Eliane Fachim, o pedido de prorrogação foi acatado.
“Trata-se de um grande projeto de sustentabilidade ambiental na região Noroeste de Mato Grosso. São sete municípios envolvidos e muitos resultados alcançados. Por isso, a garantia de continuidade das ações de preservação ambiental é de extrema importância”, enfatiza Daldegan.