A juíza Virgínia Arrais, da comarca de Cláudia, disse que a prisão dos denunciados na Operação ‘Arrego’, na região de Cláudia (onde foram presos os delegados Richard Damasceno, de Sinop, e Helena Miranda, de Cláudia) é uma modalidade de prisão cautelar, “cuja finalidade é assegurar uma eficaz investigação para apurar infração penal de natureza grave”. De acordo com a assessoria do Tribunal de Justiça, ela alegou que deferiu os pedidos convencida da gravidade dos fatos narrados nos documentos e do que ouviu nas escutas telefônicas.
Virgínia também deferiu a busca e apreensão nas residências dos delegados em Cláudia, Sinop, Guarantã do Norte e Peixoto de Azevedo, e de outros acusados visando apreender bens obtidos por meios criminosos, documentos, dinheiro, informações existentes em HD’s (discos rígidos) de computadores, notas fiscais e elementos que poderiam servir como prova no procedimento investigatório.
Ela explicou que, de acordo com as investigações, a organização atuava subornando delegados de polícia a fim de trabalhar em favor da mesma, perseguindo e eliminando do mercado, eventuais concorrentes da prática delituosa (jogo do bicho). Essa organização seria comandada por João Arcanjo Ribeiro que, mesmo preso, teria nomeado seu genro para ‘administrar’ o negócio.
Outro lado:
Conforme Só Notícias já informou, o delegado Richard Damasceno negou as acusações e disse que é vítima da disputa de grupos pelo controle do jogo do bicho. A delegada Helena Miranda não concedeu entrevistas. O Sindicato dos Delegados de Polícia criticou a prisão dos delegados.