Funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) de todo o país decidem hoje (4), em assembléias, se entram em greve. Representantes da Federação Nacional da categoria e de 33 sindicatos decidirão se os trabalhadores páram a partir do dia 12 de setembro.
Os funcionários dos Correios pedem reajuste salarial de 47,77% e aumento real de R$ 200 nos salários. De acordo com o representante do Comando de Negociação da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos (Fentect), José Gonçalves, as propostas da empresa não corresponderam às reivindicações dos funcionários.
“Desde junho, nós fizemos nove reuniões e a empresa apresentou uma proposta que foi insignificante em relação às nossas reivindicações. A diretoria apresentou uma proposta de apenas 3,34%, sendo que a nossa reivindicação é de 47,77%. Também queremos a contratação de novos funcionários e melhorar as condições de trabalho. A entrega de correspondências infelizmente está sofrendo atraso devido à falta de pessoal”, afirmou Gonçalves.
O representante da federação disse que se a empresa negociar as reivindicações com os funcionário até o dia 12 deste mês, eles não entram em greve. “Hoje é votado o indicativo de greve para o dia 12 de setembro. Só não tem a greve se porventura, até o dia 11, a empresa apresentar alguma proposta que venha contemplar nossas reivindicações. Se não contemplar, a partir das 22 horas do dia 12 a gente entra em greve por tempo indeterminado”.
O secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios (Sintcom) do Paraná, Nilson Rodrigues dos Santos, lembrou que a greve é um meio de negociação com a empresa. “A gente quer chamar a atenção da própria população para esse dia, porque ninguém gosta da greve. Nós do sindicato também achamos que ela é ruim para nós e para a população. Mas é o único recurso hoje que nos resta”.