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Familiares querem celebrar missa no Nortão onde boeing caiu e 154 morreram

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A queda do boeing da Gol, em uma região de mata fechada no Norte de Mato Grosso, responsável pela morte de 154 pessoas, completa um ano no próximo dia 29. Foi a segunda maior tragédia da história na aviação brasileira. A investigação que apura as causas responsáveis pelo choque entre o avião com o jato Legacy continua, mas até o momento não foi possível afirmar qual realmente a causa da colisão.

As famílias ainda aguardam maiores esclarecimentos. Segundo a presidente da Associação de Parentes das Vítimas do Vôo 1907, Angelita Marchi, há intenção dos familiares em celebrarem uma missa no local onde houve as mortes. Para isso, segundo ela, dependem do apoio da Gol e da Força Aérea Brasileira. “Precisamos levar os familiares do Brasil todo para Brasilia que seria o ponto de partida. Se não der para ir ao local pelo menos a fazenda queremos ir, temos alguns agradecimentos a fazer”, declarou.

A presidente ainda comentou, ao Só Notícias, sobre a reportagem exibida ontem na Rede Globo, mostrando o resgate das peças que sobraram do boeing. Segundo ela, “ficou claro o que a aeronáutica tentou fazer foi mostrar a dificuldade que eles tiveram em resgatar os corpos e falar que resgate dos pertences não era prioridade, referindo-se a reportagem em que os familiares reclamaram da pilhagem. Porém, nunca acusamos diretamente de roubarem nada, apenas pedimos que alguém investigue os fatos concretos que apresentamos”, destacou.

Ainda em 2006, durante a CPI do apagão aéreo do Senado, os familiares reclamaram do sumiço de alguns objetos, como documentos, bagagens, entre outros materiais. O comando da aeronáutica rebateu, negando que alguns pudessem ter sido pegos durante o resgate dos corpos. A CPI solicitou à Polícia Federal que investigasse o caso, mas até o momento, segundo a presidente, nenhuma informação foi passada.

“Isto deveria ter partido da própria Aeronáutica, logo que a denúncia foi feita. Deveriam ter apoiado os familiares e se colocado à disposição para tentar nos ajudar a entender o que aconteceu e não ficarem magoados com nossa denúncia. Nós é que estamos sofrendo. Não deve haver inversão de papéis”, salientou.

O boeing havia saído de Manaus e seguia até Brasília. O Legacy vinha de São José dos Campos em direção a Manaus, onde pousaria, para no dia seguinte, seguir em direção ao exterior. O choque ocorreu a 37 mil pés de altitude. O jato ainda conseguiu pousar na base aérea da Serra do Cachimbo.

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