Um déficit de três controladores de vôo em Mato Grosso é o pior dado apontado no Estado em um relatório do Ministério Público do Trabalho sobre a questão do tráfego aéreo, uma situação considerada tranquila em relação ao resto do país pelo coordenador nacional de Defesa do Meio Ambiente do Trabalho, procurador Alessandro Santos de Miranda. Este déficit, inclusive, já tem data para ser sanado. Para o final do ano está prevista a vinda de mais quatro controladores para o Estado. Para o país, o MPT aponta que é necessária a contratação de 600 controladores.
Diferente do que ocorre em Brasília, por exemplo, a atividade dos controladores em Mato Grosso não é considerada exaustiva, uma vez que em horários de pico no aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, estes profissionais controlam no máximo oito aviões, o que está bem abaixo dos 14 previsto nas regras internacionais.
Entretanto, um possível aumento do fluxo aéreo em Mato Grosso, devido a um incentivo oferecido pelo governo do Estado para a vinda de novas empresas, já preocupa. O comandante do Destacamento do Controle do Espaço Aéreo de Mato Grosso, capitão Alexandre Corrêa Lima já solicitou ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) um estudo para a avaliação do número necessário de controladores diante desta expectativa de ampliação do fluxo, informou A Gazeta.
“Também propomos que cada órgão tenha um psicólogo, para fazer o acompanhamento da saúde física e mental dos profissionais”, acrescenta o procurador Alessandro. Além da tragédia com o avião da TAM, nesta semana, outro acidente aéreo marcou o aviação no Brasil. Em setembro do ano passado, um Boeing da Gol caiu em Mato Grosso e matou todos ocupantes.