O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Apagão Aéreo no Senado, Demóstenes Torres (DEM-GO), pediu ao Tribunal de Contas da União (TCU) uma auditoria sobre as condições da pista do Aeroporto Internacional de Congonhas após a reforma. A pista havia sido liberada 18 dias antes do acidente, mas ainda passava por reformas durante a madrugada.
O pedido já foi recebido pelo TCU, segundo Demóstenes. O Tribunal de Contas já teria feito pedido de informações à Aeronáutica. A pista em que ocorreu o acidente com o vôo 3054 da TAM ainda estava em reformas durante a madrugada. A pista havia sido liberada em 29 de junho, pela Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero). Segundo nota da estatal, à época, a pista foi liberada porque a primeira fase da reforma estava concluída. A segunda parte, que estava sendo feita durante a madrugada, incluía a ranhura da pista, para melhorar o escoamento de água e aumentar a aderência dos pneus dos aviões, em dias de chuva.
O especialista em aviação civil e comercial, Valtécio Alencar, afirmou que um conjunto de fatores pode ter desencadeado o acidente com o vôo 3054, mas que uma das causas mais prováveis é o deslize do avião na pista. “Entregar uma obra (inacabada) que custou mais de R$ 30 milhões é, no mínimo, uma coisa crítica”, afirmou.