Os registros de queimadas na região crescem dia-a-dia devido a falta de conscientização, responsabilidade e às condições climáticas. O tempo seco, que afeta principalmente a vegetação, tem colaborado para o aumento nos focos, pois qualquer faísca, seja de uma bituca de cigarro, pode causar um incêndio. O caso mais recente em Sinop aconteceu no domingo, quando o agricultor Jorge Inque, 48 anos, perdeu cerca de seis hectares de pasto.
Segundo Jorge, nos fundos de sua propriedade há um córrego, conhecido por ‘córrego Japonês’, freqüentado por diversas pessoas. Ele suspeita que um cigarro tenha sido jogado e provocou o fogo. Para conter o avanço e impedir que chegasse na região de mata da reserva, foi necessário um aceiro.
Em Sinop, 14ª cidade com maior número de focos, foram registrados de primeiro de janeiro até domingo, 80 casos, de acordo com o Instituto de Pesquisas Espaciais. A liderança ainda permanece com Nova Ubiratã (168km de Sinop), com 346. Só Notícias apurou que Querência está em segundo com 323, Tapurah teve 267 e, Feliz Natal, 261.
É justamente na região médio norte do Estado, onde se concentram as propriedades rurais que são registradas as grandes concentrações de focos de calor.
No ranking dos Estados, o líder é Mato Grosso. No período foram 3.858. Roraima aparece em segundo com 2.475 registros, São Paulo em quarto com 1.952, Bahia em quinto com 940, Minas Gerais tem 746, de acordo com o Instituto de Pesquisas Espaciais.
A prática de queimadas no Brasil é amplamente utilizada para limpeza de áreas agrícolas e manejo de áreas de pastagens.