Vencem hoje os mandados de prisão temporária de madeireiros, fazendeiros e servidores públicos presos pela Polícia Federal, na semana passada, durante a operação Mapinguari, nos municípios de Sorriso, Sinop, Vera, Feliz Natal e Cuiaba. 19 pessoas, acusadas de extração ilegal de madeira do Parque Nacional do Xingu, continuam presas no presídio Ferrugem e, uma mulher, na cadeia municipal.
O Ministério Público Federal apontou que o grupo estaria tendo apoio de índios da etnia Trumai. A extração ilegal teria causado lucro de R$ 28,163 milhões e, no entorno do parque, alcançou R$ 135,753 milhões. Seriam, de acordo com a PF, cerca de 2.300 cargas extraídas ilegalmente.
O esquema funcionava com a retirada ilegal de toras, pelos índios, que era vendida para madeireiros da região e fazendeiros. Servidores do Ibama são acusados de aprovarem planos de manejo florestal falsos para que a madeira fosse transportada e vendida.
Os mandados de prisão foram prorrogados, na última segunda-feira, por mais cinco dias. Durante a operação foram apreendidas, tratores de esteira, pás-carregadeira e diversas caixas com documentos que vão para o Ministério Público e a Justiça Federal. Algumas pessoas que também foram presas conseguiram habeas corpus e já deixaram a prisão, entre elas três mulheres. Entre os que continuam presos estão cinco índios, o cacique Ararapan Trumai, o ex-presidente da Câmara de Vera, Dari Leobert, os empresários de Sorriso Nei Francio e Luciane Francio Garaffa, e o marido dela, Gilvan José Garaffa, além de Renato David Prante.
A Justiça Federal decretou as prisões de 3 ex-chefes do Ibama em Sinop Gleyçon Figueiredo, Carlos Henrique Bernades e Vilmar Ramos de Meira que ainda não foram encontrados.
(Atualizada às 09:11hs)