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PF prende vereador, empresários e índios no Nortão por extração ilegal de madeira

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A Polícia Federal prendeu, até agora, 23 pessoas, na Operação Mapinguari, em Sinop, Sorriso, Vera e Feliz Natal acusadas de envolvimento na extração ilegal de madeira de aldeias indígenas do Parque Nacional do Xingú. Madeireiros, agricultores, empresários, índios, engenheiros florestais e três ex-chefes do Ibama em Sinop tiveram prisões temporárias (5 dias) decretadas pela Justiça Federal. No Nortão são 29 mandados de prisão que começaram a ser cumpridos desde às 06:00hs. Agora há pouco chegaram em Sinop os últimos cinco presos, entre eles um cacique Ararapan Trumai, da tribo Trumai.
Ao todo são 30 presos nesta quarta-feira, incluindo acusados que foram pegos pela PF em outros Estados.

Só Notícias apurou que entre os presos está o vereador Dari Leobert (PMDB), ex-presidente da Câmara de Vera, que seria sócio de uma madeireira. Ele foi encaminhado para Sinop onde presta depoimentos. Em Sorriso foram presos os empresários Renato Prandi, Luciane Francio e Nei Francio. Em Sinop estão sendo procurados 3 ex-chefes do Ibama que também foram presos na Operação Curupira, em 2005.
Os acusados são levados para a agência do Ibama onde prestam esclarecimentos e, em seguida, foram para o presídio Ferrugem, em Sinop. 5 pessoas foram presas em Londrina (PR). Elas seriam proprietárias de áreas vizinhas ao parque.

O Ibama auxiliou a PF e agentes sobrevoaram o parque onde encontraram uma quantidade de toras pronta para ser transportada. Também foram apreendidos tratores de esteira e pá-carregadeira. Para Sinop, foi trazida uma carreta Scania, vermelha.

Um grupo de índios é acusado de vender madeira, extraída ilegalmente do parque do Xingú para madeireiros e empresários. Servidores do Ibama teriam aprovado planos de manejo florestais falsos para dar cobertura no transporte e venda de madeira que foram encaminhadas, por madeireiras da região, para Goiás, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso

Hoje de manhã, o delegado Franco Perazzoni, disse que o esquema de extração ilegal foi de duas mil cargas de madeira retiradas de áreas indígenas numa area de 8.500 hectares.

(Atualizada às 18h10).

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