A CPI do Apagão Aéreo, instalada na Câmara dos Deputados, após decisão do STF, deve começar a apurar o caos aéreo no país pelo acidente com boieng da Gol e o Jato Legacy, ocorrido em setembro do ano passado, a 200 km de Peixoto de Azevedo, no Nortão, que deixou 154 mortos. Foi o maior acidente da aviação civil brasileira.
O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito, deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), e o relator, deputado Marco Maia (PT-RS), defenderam há pouco que a CPI comece as investigações a partir da colisão entre as duas aeronaves. “Foi o que iniciou os problemas no setor”, acredita o relator. Haveria suspeitas de um buraco negro nesta região onde os aeronaves sumiriam do radar e a comunicação de pilotos com as bases de comando seria difícil.
Segundo Marcelo Castro, ainda não há posição definida sobre a participação por convite ou convocação de autoridades militares. Para ele, tudo vai depender das decisões da CPI e dos líderes partidários.
Causas do acidente
Uma reportagem publicada no jornal “The New York Times”, nesta quinta-feira, autoridades de segurança aérea dos Estados Unidos atribuíram parte da responsabilidade pelo acidente com o Boeing da Gol, ocorrido no ano passado em Mato Grosso, à falha de equipamento no jato Legacy.
Segundo a reportagem, especialistas americanos concluíram que o sistema da cabine falhou ao não alertar os pilotos do jato que o equipamento anticolisão não estava funcionando. O acidente, o pior da história aérea brasileira, foi em setembro do ano passado, a 200 km de Peixoto de Azevedo, na mata próximo a uma aldeia indígena e 154 pessoas que estavam a bordo morreram.
O Legacy fez um pouso de emergência na Serra do Cachimbo (PA) e as sete pessoas que estavam na aeronave sobreviveram. Segundo o Comitê Nacional de Segurança de Transportes (NTSB, em inglês), o sistema anticolisões do Legacy não estava funcionando corretamente e os computadores de bordo não notificaram os pilotos desta falha.
O órgão americano recomenda que os pilotos de jatos civis do país sejam avisados sobre as circunstâncias do acidente e a falta de aviso da falha nos equipamentos. No Brasil, estão em andamento investigações militares, judiciais e policiais, informa o portal G1.
(Atualizada às 16:42hs)