PUBLICIDADE

Projeto transfere 54% da Amazônia para o cerrado de Mato Grosso

PUBLICIDADE

Um projeto vai transferir 54% da área de Mato Grosso dentro da Amazônia Legal para o bioma do cerrado. A transformação do projeto em lei facilitaria o serviço de regularização das áreas desmatadas. Isso significa que o Estado poderá reduzir à metade a área hoje considerada de preservação ambiental. A proposta, a rigor, cria brechas para ampliar a derrubada da floresta amazônica e para regulamentar propriedades rurais, de produção de soja ou usadas na pecuária, com desmatamento acima dos 20% permitidos pela legislação.

O projeto assinado pelo senador Jonas Pinheiro (DEM-MT), protocolado em fevereiro, já recebeu o endosso com parecer favorável da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado. A medida, que altera o Código Florestal, atinge – e beneficia o avanço da produção agrícolas para a região atualmente integrante da Amzônia Legal – também os estados de Tocantins e Maranhão, que têm grandes áreas de preservação.

De acordo com o Código Florestal, dos 906 mil quilômetros quadrados do território mato-grossense, 490 mil não podem ter mais que 20% de área desmatada. Os números mostram, no entanto, que o limite não é respeitado por madeireiros, pecuaristas e agricultores.O senador Pinheiro admite que seu projeto é polêmico, mas diz que vai defendê-lo até o final. Contestando as informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Pinheiro sustenta que 60% de Mato Grosso não pertence ao bioma Amazônia.

O projeto começa a ganhar corpo no momento em que a Organização das Nações Unidas (ONU) deflagra um debate sobre o aquecimento global e a situação climática no mundo.

Demonstrando que Mato Grosso tem uma vocação par o desmatamento e avanço das fronteiras agrícolas para o Norte, recentemente, o líder do governo na Assembléia Legislativa, deputado Mauro Savi (PR), apresentou um projeto de lei propondo a realização de um plebiscito para saber a opinião da população mato-grossense sobre a permanência ou a exclusão de Mato Grosso na Amazônia Legal. Savi disse que quando foi criada a chamada Amazônia Legal, buscou-se dar condições para que a região mais longínqua do país pudesse começar a ser desenvolvida. Nesse período, vários incentivos fiscais foram criados e, o Governo instigava a busca de novas fronteiras agrícolas. “Passou a ser interessante pertencer à Amazônia Legal. Porém, atualmente, fazer parte dela se tornou um peso para o nosso Estado, e não traz nenhum benefício”, opina o parlamentar.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Pesquisadores desenvolvem software para monitoramento da tuberculose em Mato Grosso

Projeto que está em desenvolvimento pelo Laboratório de Pesquisa...

Campanha de doação de sangue será sábado em Lucas do Rio Verde

A nova campanha de doação de sangue em Lucas...

Motociclista cai em valeta após colisão com outra em bairro de Sinop; assista

Duas motocicletas Honda Biz se envolveram em um acidente,...
PUBLICIDADE