Famílias integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), estão acampadas, desde a madrugada da última terça-feira, em uma área da Fazenda Paranatinga, a cerca de 35km de Sinop. São em média 150, de acordo com os coordenadores da ação. A previsão é que ainda cheguem outras 500.
Conforme os manifestantes, pela mobilização eles querem reinvidicar do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), agilidade nos processos da reforma agrária. Segundo Marciano da Silva, um dos coordenadores do grupo, a mesma área foi considerada improdutiva e destinada para a reforma, quando pertencia a um primeiro dono. Ele disse que tempos depois, ela passou para outro responsável, e que advogados apresentaram documentação que mostravam que o processo de improdutividade havia sido suspenso.
Hoje devem se reunir com representantes da fazenda para discutir a situação. “Até então, não sabíamos desta alteração, e esperamos conversar com os representantes da área. Não queremos conflito, e dependendo da discussão iremos sair”, disse.
Na mobilização, eles também relembram o massacre do Eldorado do Carajás, que há cerca de 11 anos, 19 integrantes do movimento foram mortos durante um conflito para reintegração de posse.