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Bacia do Rio Xingu será monitorada por tribos indígenas no Mato Grosso e Pará

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O Instituto Socioambiental (ISA) e a Agência Nacional de Águas (ANA) firmaram um convênio de capacitação de tribos indígenas para reforçar o monitoramento da bacia hidrográfica do Rio Xingu, localizado no Mato Grosso e no Pará. Os índios farão o levantamento de dados para elaboração de planos de gestão para a conservação da bacia.

O acordo prevê a instalação de estações de observação e coleta, estudos sobre a qualidade e a quantidade da água, entre outras ações. O superintendente de administração da rede hidrometeorológica da ANA, Valdemar Guimarães, diz que o acordo será importante para que a agência possa utilizar os dados obtidos sobre a bacia hidrográfica, considerada uma das mais importantes do país.

“O ISA já está junto à comunidade e pode nos auxiliar na avaliação dos impactos que estão ocorrendo no local”, explica Guimarães.

O acordo foi motivado pela realização da campanha ‘Y Ikatu Xingu, que tem o objetivo de proteger e recuperar as nascentes e matas ciliares do Xingu no Mato Grosso. Para o coordenador da campanha pelo ISA, Márcio Santilli, o termo de cooperação é uma oportunidade para facilitar o acesso da ANA ao cenário local.

“A idéia é montar uma rede consistente que possa fazer o monitoramento da bacia como um todo e de produzir informações regulares ao longo do tempo sobre a situação da água”, afirma Santilli.

De acordo com o Instituto Socioambiental, a Bacia do Xingu tem 51 milhões de hectares, sendo que 17 milhões estão situados no Mato Grosso, percorrendo 35 municípios do estado. A campanha ‘Y Ikatu Xingu trabalha atualmente com 18 projetos de recuperação de mata ciliar em diversos municípios no entorno do Parque Indígena do Xingu.

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