Com o objetivo de combater e minimizar a desnutrição infantil de crianças carentes de Mato Grosso, inclusive de comunidades indígenas, a Secretaria de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social repassou recursos para a Pastoral da Criança no Estado. A assinatura do convênio foi, no gabinete da Setecs, entre a secretária Terezinha Maggi, o presidente da Associação Mato-grossense dos Amigos da Pastoral da Criança, Carlos Klaus, as irmãs Ada Gambarotto, fundadora da Pastoral em Mato Grosso, e Maria Helena Serrano, atual coordenadora estadual da instituição.
No total a Setecs repassou R$ 210 mil para a Amapac (Associação Mato-grossense dos Amigos da Pastoral da Criança). Os recursos são provenientes do Fundo Partilhado de Investimentos Sociais (Fupis) e serão utilizados para compra dos insumos utilizados na fabricação do complemento alimentar (multimistura) que será distribuído às famílias com a finalidade de combater a desnutrição, principalmente, de crianças.
O dinheiro também será utilizado para adequações físicas de seis fabriquetas de multimistura, que funcionam em pólos regionais (Cuiabá, Barra do Garças, Sinop, Cáceres, Diamantino e Rondonópolis); para compra de material de limpeza e embalagem e para capacitação de 25 líderes voluntárias da Pastoral em cada um destes pólos. Elas trabalharão posteriormente como multiplicadoras do conhecimento.
De acordo com a irmã Ada, precursora no Estado na fabricação de complementos alimentares, o projeto vai muito além do combate à desnutrição infantil. “A multimistura nasceu para tirar as crianças pobres do risco de morte por causa da desnutrição, numa ação emergencial, mas o objetivo é também ampliar e massificar o projeto de alimentação alternativa”, disse irmã Ada, que atualmente é a coordenadora da Pastoral da Criança em terras indígenas.
A secretária Terezinha Maggi disse que a alimentação alternativa é a solução para a complementação alimentar das famílias carentes do Estado e elogiou o trabalho que a Pastoral vem desenvolvendo. “Este projeto é fantástico, pois ensina às mães a importância de se aproveitar tudo dentro de casa, evitando o desperdício e ajudando no combate à desnutrição infantil. Isto é a verdadeira inclusão social”.
O presidente da Amapac, Carlos Klaus, destacou que todo o trabalho é realizado sob acompanhamento e coordenação da coordenadoria estadual da Pastoral em conjunto com as coordenadorias diocesanas e paroquiais.
Terezinha e irmã Ada conversaram longamente também sobre os problemas que as comunidades indígenas no Estado ainda enfrentam, como a mortalidade de crianças por falta de água tratada. Ficou combinado que a Setecs auxiliará a Pastoral a elaborar um projeto para pleitear recursos para construção de poços artesianos em aldeias.
A expectativa da coordenação do projeto é que a partir de 1º de março todas as fabriquetas estejam em pleno funcionamento. Carlos Klaus destaca ainda que o projeto está estruturado para atender a demanda que virá das bases, ou seja, do trabalho que as voluntárias das paróquias irão desenvolver junto ás famílias, identificando e apontando a quantidade de complemento alimentar que deverá ser produzido nas fabriquetas