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Presidente da Aprosoja diz em Sinop que ‘crise’ deve ser encarada positivamente

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O atual cenário vivenciado pelo agricultor mato-grossense não é um dos melhores e mesmo esbarrando em entraves o setor produtivo mantém-se na atividade. Se o quadro é desestimulante, um questionamento tem sido debatido: poderá o setor produtivo tirar proveito desta ‘crise’ instaurada e encará-la de forma positiva? Para o presidente da Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja), Glauber Silveria, sim. Em meio aos problemas, ele justifica que por mais que as dificuldades assolem os agricultores (crédito, endividamento, e outros gargalos), por meio de crises como esta a classe será valorizada, havendo mudanças de pensamentos e não marginalização do setor.

“Com essa crise sociedade verá a importância do produtor. Se você pegar algumas cidades, como Sinop, o grande gerador de riquezas é a produção. Se os produtores pararem de produzir todos sofrerão”, declarou, ao Só Notícias/Agronotícias.

Glauber enfatiza que o setor cansou de alertar o governo sobre os efeitos que poderiam ser provocados se mantida a inércia. Agora, quando tudo parece estourar, agricultores têm contabilizado somente prejuízos. “As coisas não estão andando. Estamos com alto custo, endividados e sem crédito. Este é o cenário, mas felizmente plantamos”.

Para o presidente da Aprosja, haveria uma luz no fim do túnel. “Não teremos dificuldades se o governo se sensibilize e comece a valorizar. Se teremos uma menor produção em Mato Grosso, em torno de 10% da soja e também no Brasil todo, que adubou menos, o que pode acontecer: o governo acordar. Em Mato Grosso temos condição de em três anos agregar 20 a 25% de nossa produção sem aumentar um hectare apenas com investimento em calagem, perfil de solo, adubação”, enfatizou.

“Imaginamos que haverá uma mudança e a sociedade nos ajudará a resolver os problemas estruturais de Mato Grosso, como a logística, dos fertilizantes, que precisamos ser auto-suficientes. Quando há uma crise temos argumento para mostrar ao governo”, frisou.

Glauber Silveira acrescenta ainda que “a agricultura levou qualidade de vida para as cidades. Não somos vilões, mas parceiros. É nestas crises que as pessoas começarão a valorizar e entender que os agricultores estão aqui para alimentar os filhos, gerar riqueza como em qualquer setor”, lembrou.

O sindicalista exemplica a questão com uma retomada histórica – o problema do apagão. “Quando aconteceu no Brasil todos aprenderam a apagar lâmpadas, seja lá o que for. O governo vai ter que tomar atitudes para que a agricultura seja sustentável”, concluiu.

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