O Governo de Mato Grosso divulgou hoje dados Imazon apontando redução de 89% na área desmatada em Mato Grosso.
Os números são diferentes dos anunciados, semana passada, pelo Inpe -Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais- (clique aqui) que apontou queda de 22% nos desmates nos Estados da Amazônia, mas que aumentou em Mato Grosso que voltou a ser líder nacional em derrubadas – posto ocupado nos últimos 3 meses pelo Pará.
O Imazon aponta que o desmatamento foi de 348 quilômetros quadrados em setembro, o que representa uma queda de 69% em relação a setembro do ano passado, quando o desmatamento somou 1,1 mil quilômetros quadrados. Além dos 348 quilômetros quadrados de desmatamento, há 345 de degradação florestal e o desmatamento acumulado de agosto a setembro totalizou 459 quilômetros quadrados. Em relação ao desmatamento ocorrido no mesmo período do ano passado (1,7 mil Km²), houve uma redução de 74%.
O monitoramento do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia mostra que o desmatamento foi maior, em setembro, no Pará (58%), seguido por Mato Grosso (22%), Rondônia (10%) e Amazonas (7%). Os demais Estados contribuíram com cerca de 3% do desmatamento. Considerando os dois primeiros meses do calendário atual de desmatamento (agosto e setembro de 2008), o Pará lidera o desmatamento com 57% do total registrado no período seguido pelos Estados de Mato Grosso (18%), Amazonas (10%) e Rondônia (8%), informa o governo estadual. Para o Imazon, em termos específicos, essa redução foi mais expressiva em Mato Grosso (-89%), Rondônia (-86%) e Pará (-60%) enquanto que nos Estados de Roraima (+ 253%) e Acre (+ 52%) houve um aumento na proporção de áreas desmatadas.
Para o secretário adjunto de Qualidade Ambiental, Salatiel Araújo, os dados do Imazon são mais qualificados. “Isso porque separam degradação progressiva de corte raso, indicando quais os polígonos exatos de cada um” e que o governo do Estado está adquirindo imagens de satélite de melhor resolução o que propiciará uma separação definitiva do que é degradação progressiva e corte raso em Mato Grosso. “A aquisição dessas imagens viabilizará também que o Estado tenha uma dinâmica própria de desmatamento. Do tipo degradação progressiva. Ao contrário de 2007, estamos tendo agora, a oportunidade concreta de qual área irá compor a estatística anual do Inpe, com relação a corte raso. Desta forma poderemos comparar dados entre os meses de cada ano”, afirmou.