Ação do Grupo Móvel de Fiscalização de Combate ao Trabalho Escravo da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Mato Grosso, em operação que teve início no último dia 21, resgatou 69 trabalhadores em condições análogas à escravidão. O fato ocorreu em uma fazenda no município de Tapurah (250km de Sinop).
Os trabalhadores que exerciam atividade de construção civil em propriedade agrícola, dividiam-se em três grupos instalados em alojamentos precários. Em um deles havia galpãos sem paredes laterais. No outro, frestas no telhado de tábuas que permitiam a entrada de insetos. Os empregados tinham que improvisar locais para banho pois somente um banheiro e dois chuveiros eram utilizados, para atender 44 pessoas.
Aguns resgatados alegaram terem passado mal após consumirem a água de um poço da fazenda. “A ação, mais do que mostrar um poder público atuante, visa regularizar a situação dos trabalhadores que permanecerem na propriedade”, afirmou o auditor fiscal e coordenador da operação, Leonardo César Lima.
O estabelecimento rural foi notificado e os trabalhadores receberam as verbas rescisórias devidas, que somaram R$ 130 mil, valor que inclui o pagamento de indenização por danos individuais. Todos foram incluídos no Programa de Seguro-Desemprego para o Trabalhador Resgatado. Foram lavrados 23 autos de infração.
A equipe de repressão do Trabalho Escravo é formada por auditores-fiscais do Trabalho, Policiais Rodoviários Federais e um Procurador do Trabalho.