O Pará “tomou” o primeiro lugar de Mato Grosso no ranking de desmatamento da Amazônia, de acordo com boletim Transparência Florestal da Amazônia Legal, divulgado pelo Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia), assinado pelos pesquisadores Carlos Souza Jr., Adalberto Veríssimo, e, Anderson Costa. O levantamento, divulgado no Terra Maganize, aponta que o desmatamento na Amazônia Legal foi de 612 quilômetros quadrados no mês de junho, 23% maior que junho de 2007. O maior desmatamento ocorreu no Estado do Pará (63%), seguido por Mato Grosso (12%), Rondônia (11%) e Amazonas (10%). Os demais estados contribuíram com cerca de 4% do desmatamento. No Acre, Roraima e Tocantins, o desmatamento somado foi apenas 4,2% do total.
Os municípios paraenses próximos das BR-163 (Novo Progresso e Itaituba) e da Transmazônica (Brasil Novo, Altamira, Pacajás, Novo Repartimento, Itupiranga e Marabá, e São Félix do Xingu), foram os que mais derrubaram. Em Rondônia, o desmatamento foi mais intenso no município de Porto Velho e, em Mato Grosso, foi mais disperso. Do ponto de vista fundiário, a grande maioria (68%) do desmatamento ocorreu em áreas privadas ou em diversos estágios de posse, nos assentamentos de Reforma Agrária alcançou 18%, enquanto nas Unidades de Conservação 10%, e nas Terras Indígenas 3%.
Segundo os pesquisadores, houve queda de 14% de desmates em Mato Grosso. Embora o aumento tenha sido expressivo no Tocantins, Acre e Roraima, em termos absolutos a contribuição desses Estados no total desmatado na Amazônia é muito pequena.
No período de agosto de 2007 a junho de 2008, o acumulado do desmatamento totaliza 4.754 quilômetros quadrados, contra 4.370 quilômetros quadrados no período anterior. Isso representa um aumento de aproximadamente 9% na área desmatada no período atual em comparação com o anterior.