O número de crianças e adolescentes que se envolve em pequenos delitos para sustentar o vício nas drogas no município de Tangará da Serra aumentou nos últimos meses. A constatação preocupou o juiz diretor do fórum, Jamilson Haddad Campos, que se reuniu com representantes de instituições públicas, organizações sociais e entidades de classe para viabilizar a construção de um centro de tratamento de crianças e adolescentes com dependência química.
Conforme o magistrado, na cadeia pública do município não existem celas apropriadas para receber esses meninos e meninas que se encontram na criminalidade. Para o juiz, apenas com a união de todos os setores será possível reverter à situação em que se encontra a delinqüência juvenil na cidade, que é uma das maiores da região.
Na reunião, o juiz, que responde em substituição legal pela 4ª Vara Cível (privativa da Infância e Juventude e de Fazenda Pública), ainda conclamou a sociedade para que haja um empenho para a construção de celas apropriadas para internação dos menores.
Segundo os dados da 4º Vara Cível, foram determinadas nos últimos meses sete internações definitivas de menores que cometeram atos infracionais de maior gravidade. Todos esses menores estão cumprindo pena no Complexo do Pomeri em Cuiabá. Além disso, o juiz Jamilson Haddad também determinou cerca de 10 internações provisórias (45 dias).
Durante o encontro, ficou acordado que a prefeitura e a Secretaria do Grupo de Gestão Integrada irão agendar uma outra reunião na capital com representantes do governo do Estado, para implementar e adequar os projetos em andamento e assim, aplicar os recursos que já estão disponibilizados para a construção dessas estruturas no município.
Participaram da reunião com o magistrado representantes do Poder Executivo Municipal, Câmara de Vereadores, Defensoria Pública, Ordem dos Advogados do Brasil, polícias Civil e Judiciária, Conselho Tutelar, Inspetoria de Menores, entidades de classe e grupos de serviço.