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Rondonópolis: processo da morte de servidores da UFMT entra em fase conclusiva

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A morte dos três servidores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em Rondonópolis, completou seis meses nesta semana. A pró-reitora Soraiha Miranda Lima, juntamente com o prefeito do campus, Luiz Mauro Pires, e o professor de Zootecnia Alessandro Luiz Fraga foram assassinados em frente a casa de Soraiha no bairro Colina Verde quando eles chegavam de uma reunião realizada em Cuiabá, no dia 27 de novembro do ano passado.

O caso teve repercussão nacional. Após o triplo assassinato, vários boatos surgiram sobre os supostos responsáveis pelo crime. No entanto, as investigações realizadas pelas polícias Civil e Federal apontaram que o servidor público Jorge Luiz Tabory e o lavador de carros Jaeder Silveira dos Santos foram acusados pela morte dos servidores.

A procuradora de Justiça Léa Batista de Oliveira encaminhou parecer favorável ao pedido de prisão preventiva feito pela Polícia Federal. Além do recebimento da denúncia, a justiça também decretou no dia 28 de janeiro deste ano a prisão preventiva dos dois acusados que ainda estão presos.

Segundo o Ministério Público (MPF), a mando de Jorge Tabory, Soraiha Miranda de Lima (pró-reitora), Luiz Mauro Pires Russo e Alessandro Luiz Fraga foram mortos a tiros por Jaeder dos Santos por volta das 23h30 do dia 27 de novembro de 2007, quando retornavam de uma reunião de trabalho em Cuiabá.

De acordo com a denúncia do MPF, com a conclusão das investigações foi possível revelar o motivo do crime. É que apesar da condição de servidor público federal da UFMT, Jorge Tabory manteria há anos contratos irregulares com a universidade para a prestação de serviços de lavagem de veículos oficiais. A empresa estava em nome de um “laranja” para simular legalidade na contratação do serviço de lava-jato.

Diante desta constatação das irregularidades, as vítimas Soraiha e Luiz Mauro começaram a viabilizar uma forma de lavar os carros na própria universidade. “Diante da eminente possibilidade de ver esta fonte de receita tolhida, Jorge arquitetou a trama criminosa e contratou Jaeder para execução do repugnante intento, de modo a garantir a viabilidade dos negócios empresariais ilícitos que mantinha com a Universidade Federal de Mato Grosso”, descreve a denúncia do MPF. O crime teria sido encomendado por R$ 3 mil, mas o valor não chegou a ser pago.

Jorge Luiz Tabory, acusado de ser o mandante dos crimes, foi denunciado por homicídio triplamente qualificado, em concurso material e posse irregular de munições de uso permitido. E Jaeder Silveira dos Santos, acusado de ser o executor do crime, foi denunciado por homicídio triplamente qualificado em concurso material e porte de arma e munição de uso restrito.

O processo tramita em segredo de justiça na Vara Única da Justiça Federal de Rondonópolis. A última movimentação processual ocorreu no dia 19 deste mês. Em fase conclusiva, o processo aguarda parecer do juiz, que poderá pronunciar os acusados para o Tribunal do Júri.

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