Representantes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) são esperados hoje, na região Norte, para negociar com sem terra a liberação da BR-163, bloqueada desde ontem. Hoje, havia expectativa que o tráfego fosse liberado, ao meio-dia, para que os centenas de veículos e caminhões que aguardam há horas nas filas pudessem passar. Mas o bloqueio foi mantido.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o Incra encaminhará um representante para conversar com os manifestantes. Eles alegam que só deixam a rodovia se o instituto apresentar medidas concretas para suas reivindicações. Entre as cobranças estão o assentamento de duas mil famílias este ano, topografia e licenciamento ambiental e parcelamentos dos lotes para as 558 famílias, créditos para alguns trabalhadores, além do fornecimento de cestas básicas.
A PRF informou que, até este momento, não houve conflitos entre os manifestantes e motoristas. Porém, a situação está tensa. Há grande filas nos dois sentidos e, esta manhã, caminhoneiros, revoltados por não poderem prosseguir viagem, atearam fogo no mato ao lado da pista.
Esta não é a primeira vez que os acampados fazem manifestos na rodovia. Eles alegam que, apesar de outros movimentos, nenhuma medida foi tomada para agilizar o processo de reforma agrária na região.
Em Cáceres, sem terra também invadiram a sede do Incra e querem representantes para negociar. A polícia está no local e houve ameaça de confronto.
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