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Prazo para índios liberarem rodovia termina hoje e grupo nega ‘pedágio’

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Índios de várias tribos aguardam hoje, uma comissão com representantes da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) e Funai (Fundação Nacional do Índio) de Brasília, para negociar uma série de reivindicações e a liberação do tráfego e retirar os obstáculos colocados na ponte no rio Juruena, na MT-170, a cerca de 60 km de Juína. Desde domingo, integrantes das etnias Ena Wene-Nawe, Rikbaktsa, Cinta larga, Arara, Myky, Irantxe, Kayabi, Apyaka e Mundurucu, impedem o tráfego no local.

Os indígenas cobram maior assistência na área de saúde. “Não temos outra alternativa. A nossa saúde está escassa e queremos saber da Funasa e das autoridades locais para onde vão os recursos”, declarou o índio da entia Rikbaktsa, Fernando Dyuru.

Ele reafirmou que os índios só deixam o local com respostas positivas dos órgãos competentes. “Nós nunca fomos atendidos pelos políticos da região. Não temos outra alternativa senão bloquear a rodovia”, acrescentou.

Hoje, também vence o prazo estipulado pela Justiça para que eles liberem o tráfego. A liminar foi concedida na segunda-feira, pela juíza Lidiane de Almeida Pampado. No mesmo dia, alguns caminhoneiros que estavam parados na rodovia conseguiram passar, após pagamento de pedágio no valor de R$ 50. “Foram eles que ofereceram o dinheiro e os índios aceitaram”, argumentou Dyuru.

A rodovia dá acesso a pelo menos seis cidades da região.

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